segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
Redes acadêmicas brasileiras se preparam para a internet do futuro
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No primeiro semestre de 2013, algumas universidades e
instituições de pesquisa do Estado de São Paulo começarão a se conectar a
uma rede experimental na qual serão testadas aplicações de novas
tecnologias que poderão definir a internet do futuro.
Em âmbito nacional, outras dez instituições brasileiras, incluindo três do Estado de São Paulo Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CpQD) , também serão integradas a outra rede experimental que começará a ser criada no início de 2013 com o mesmo objetivo da rede paulista. As duas redes experimentais acadêmicas brasileiras se somarão a algumas outras estabelecidas nos últimos anos em outros países com o objetivo de preparar universidades e instituições de pesquisa a uma mudança de paradigma na tecnologia de internet, prevista para ocorrer já nos próximos anos. Baseada atualmente na troca (chaveamento) de pacotes de dados, a tecnologia da internet deverá migrar para o chaveamento de fluxos conjuntos de pacotes de dados que têm alguma característica em comum. Em função dessa mudança, as redes deixarão de ser definidas pelos equipamentos de rede (como os switches e roteadores) e pelos softwares contidos neles, como ocorre hoje, e passarão a ser gerenciadas por aplicativos externos que determinarão o comportamento dos fluxos de dados. Em 2008, um grupo de pesquisadores de redes das universidades Stanford e da Califórnia em Berkeley, ambas nos Estados Unidos, publicou um artigo descrevendo a implementação de um novo protocolo para gerenciamento de tráfego. Chamada OpenFlow, a tecnologia abriu as portas para que as redes definidas por software se tornem realidade. O protocolo permite transferir o controle do tráfego de dados em uma rede, antes realizado por switches e roteadores, para servidores externos. Com isso, se abriu a possibilidade de se desenvolver softwares de controle de tráfego de redes, com código aberto e executados por esses servidores, conforme começaram a fazer algumas startups criadas por pesquisadores da própria Universidade de Stanford e por outras instituições de pesquisa em todo o mundo. Além disso, muitas empresas de tecnologia de computação começaram a fabricar e a disponibilizar switches e roteadores com OpenFlow para serem testados inicialmente em redes experimentais, dado que seria impossível interromper a word wide web para avaliar a nova tecnologia. A internet é uma commodity fundamental na vida das pessoas, e não se pode parar o funcionamento dela para experimentar coisas novas. Por isso, estão sendo desenvolvidos projetos de redes experimentais para suportar a internet do futuro, disse Cesar Marcondes, professor do Departamento de Computação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), à Agência FAPESP. De acordo com Marcondes, algumas empresas de tecnologia, como o Google, já desenvolveram códigos e estão operando suas redes de data centers com OpenFlow. Atentas a esse movimento, universidades e instituições de pesquisa nos Estados Unidos e na Europa, que foram o berço da internet, também já montaram redes nacionais para possibilitar que seus pesquisadores possam fazer experimentos com a tecnologia OpenFlow. Seguindo o mesmo caminho, a Rede Acadêmica do Estado de São Paulo (ANSP), financiada pela FAPESP, também pretende começar a realizar no primeiro semestre de 2013 um teste inicial de implementação de OpenFlow em uma rede experimental. O teste na rede experimental paulista terá a participação de algumas das mais de 50 universidades e instituições de pesquisa filiadas à ANSP. Entre elas estão a USP, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), a UFSCar e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Já em escala nacional, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) que interconecta as universidades e instituições de pesquisa brasileiras e provê o acesso internacional à internet também coordena a criação de uma rede experimental em parceria com a União Europeia para realização de experimentos de novas aplicações baseadas em OpenFlow. Denominado Fibre, o projeto é realizado com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do 7th Framework Programme (FP7) da União Europeia. As universidades e instituições de pesquisa brasileiras têm que se preparar agora, porque não se sabe quando ocorrerá essa transição de paradigma na tecnologia da internet e quanto antes elas estiverem preparadas será melhor, disse Luis Fernandez Lopez, coordenador geral da ANSP. Seria terrível se os sistemas de tecnologia da informação criados nas universidades e instituições de pesquisa do país para dar suporte aos seus processos educacionais e de pesquisa parassem em um determinado momento porque não acompanharam a evolução das pesquisas em TI, avaliou Lopez. Inovações nas redes acadêmicas Segundo especialistas na área, as redes experimentais brasileiras possibilitarão aos pesquisadores em rede do país desenvolver e testar diversas soluções locais baseadas em OpenFlow que, eventualmente, poderão ser implementadas nas redes acadêmicas para suportar tanto o atual tráfego legado de dados entre elas como também novas funcionalidades. Como se terá acesso à interface de programação dos switches com protocolo OpenFlow que compõem as redes experimentais, é possível desenvolver e implantar diversas soluções no servidor que os controla. Entre elas estão inovações voltadas para racionalizar a utilização das redes, tornando-as mais seguras e menos sujeitas a falhas. Hoje, normalmente as redes utilizam os mesmos roteadores que são equipamentos sofisticados e caros, que funcionam como servidores tanto nos pontos por onde passa muito tráfego como naqueles onde o tráfego é muito pequeno. Por outro lado, o OpenFlow permite usar nos pontos de pouco tráfego switches mais simples, que consomem menos energia e com as mesmas funcionalidades dos outros dispositivos por serem controlados por um mesmo servidor externo. Além disso, soluções de computação em nuvem caracterizadas pelo compartilhamento, por meio da rede, de computadores e servidores instalados em um data center , cujo gerenciamento é muito difícil e complicado com a tecnologia utilizada hoje, poderiam ser gerenciadas por múltiplos usuários, de maneira bem mais simples, usando OpenFlow. O OpenFlow abre a possibilidade de se programar uma rede, em vez de apenas configurá-la, que é o que só se consegue fazer hoje. Em função disso, deverá surgir uma série de empresas que desenvolvem software para redes, a exemplo do que já está ocorrendo nos Estados Unidos, estimou Marcondes, que participa do projeto Fibre. Mais oportunidades para os pesquisadores brasileiros Na avaliação de Marcondes e outros especialistas, a comunidade científica brasileira tem muito mais condições de participar ativamente e desempenhar um papel mais relevante nessa mudança de paradigma da tecnologia da internet para redes baseadas em software do que quando entrou em cena a web, a versão moderna da internet. Quando a internet começou a se popularizar no Brasil, na década de 1990, sua tecnologia era baseada no desenvolvimento de equipamentos que permitem fazer chaveamento de pacotes de dados, como os switches e roteadores que exigem grandes investimentos e o envolvimento de muitas pessoas. O desenvolvimento de software demanda menos recursos e menor número de profissionais. É muito mais fácil interferir em uma indústria de software que depende, basicamente, de boas ideias trazidas por bons pesquisadores do que na indústria de hardware, comparou Lopez. Temos uma oportunidade de ouro com as redes definidas por software. Ao contrário de 1990, quando não havia pesquisa em hardware nas universidades brasileiras e indústrias preparadas para desenvolver esses equipamentos, hoje temos boa pesquisa na área de software e boa ciência e engenharia de computação, avaliou. Para estimular os pesquisadores da área a aproveitar as oportunidades e se preparar para as mudanças que deverão ser apresentadas pela Internet do futuro, a ANSP começou a realizar nos últimos dois anos uma série de ações. No início de 2012, a ANSP começou a realizar encontros semestrais com os profissionais da área de TI de suas universidades e instituições de pesquisa filiadas. No último encontro, realizado no fim de outubro e início de novembro no Instituto de Física Teórica da Unesp, em São Paulo, a ANSP realizou um curso de introdução ao OpenFlow, ministrado por Marcondes, e um workshop sobre políticas de roteamento. Se existe a perspectiva de que a internet deve caminhar na direção de redes definidas por software e estamos convencidos de que irá , é necessário que as universidades e instituições de pesquisa estejam prontas para fazer essa transição a partir de agora, disse Lopez. |
Fonte: Portal Agência Fapesp |
5 melhores sites para aprender idiomas online
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Se você
está sem dinheiro para um curso tradicional de idiomas ou deseja
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Fonte: Portal Universia |
sábado, 10 de novembro de 2012
5 dicas para quem pensa em fazer um curso a distância
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Agora
não é mais necessário sair de casa para ter um diploma. Diversas
universidades oferecem cursos online tanto de graduação como
pós-graduação e abrem, assim, oportunidade para alunos que, por
diversos motivos, não podem comparecer fisicamente à sala de aula.
Para alguns, essa possibilidade pode parecer ideal não há preocupações quanto a chegar atrasado às aulas, temor em ser chamado para falar em público ou o incômodo de sentar em uma cadeira pouco confortável por horas a fio. Porém, tais pensamentos não passam de mera fantasia! Antes de entrar de cabeça em um curso online, é importante conhecer como funciona esse universo para, então, tomar a decisão de seguir ou não em frente. Foi pensando em ajudar aqueles que estão na dúvida que o site americano Edudemic ouviu pessoas que completaram seus cursos a distância com êxito. Os estudantes deram 5 dicas que consideram fundamentais para aqueles que desejam obter bom desempenho em cursos online. Confira abaixo e veja se você tem perfil para ser um aluno online. 1. A tecnologia não pode ser um problema Pode parecer óbvio, mas para participar de um curso a distância é fundamental que se tenha acesso à tecnologia exigida. Acesso a computadores com boa conexão à internet pode ser uma demanda diária. Muitos cursos exigem de seus alunos uma produção volumosa, assim, computadores lentos podem atrapalhar o rendimento, causando, até mesmo, atrasos significativos em relação aos prazos estabelecidos pelos professores. Se a tecnologia for um peso e causar problemas constantes ela se tornará o foco e prejudicará o desenvolvimento do curso. 2. Saiba que tipo de estudante você é É importante conhecer-se como estudante, pois dessa forma, torna-se possível incentivar o seu gosto pelo estudo. Conhecer os elementos e recursos que acionam sua curiosidade e vontade de estudar é fator-chave para um bom desempenho, não apenas nos cursos presenciais, mas também e principalmente nos cursos a distância. Você pode buscar complementos para o conteúdo que lhe foi passado na plataforma online e assim, ampliar o tema debatido em aula. Dividir suas descobertas e métodos com seus colegas também pode ser interessante. Pense em organizar fóruns de discussão com aqueles que compartilham interesses semelhantes aos seus. 3. Seja disciplinado Um curso online exige ainda mais disciplina do que cursos presenciais. Você estará sozinho, sem professores ou colegas em volta que, ocasionalmente, possam chamar sua atenção para uma questão importante ou caso você esteja distraído. Você é o único responsável por determinar quais serão as políticas de aula e estudo. A primeira dica é estabelecer uma hora específica para a aula. A segunda dica é: não se distraia durante a aula. Não levante pra resolver problemas, atender ao telefone ou a campainha. Deixe claro para todos que, de tal a tal hora, você está ocupado. 4. Você deve ser capaz de trabalhar bem sozinho Se você tem dificuldades para trabalhar sozinho, talvez um curso a distância não seja a melhor opção. Não haverá pessoas em volta para te motivar, a motivação partirá inteiramente de você e sua pró-atividade. Alguns cursos online, porém, propõem atividades em grupo (grupos online), mas não é sempre que ocorre. 5. Saiba administrar pausas, elas também são necessárias. Saiba administrar o tempo. Estudar em casa pode ser perigoso pois a falta de horários pré estabelecidos pode levar ou a uma produtividade escassa ou a um tempo de trabalho sem limites, que se estende muito além do recomendado. Como já foi dito, estabeleça um horário para a aula e cumpra esse horário, sem esquecer das demais atividades, que são fundamentais e podem te ajudar a aproveitar ainda melhor o curso. Pausas são necessárias! |
Fonte: Portal Educomunicação |
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Aceitação à EaD no mercado de trabalho é cada vez maior
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A
educação a distância deixou de ser tendência e hoje é uma lógica em
todos os níveis de ensino, afirma Tiago Sereza, gerente de integração
da Catho Educação, ligada ao site de classificados de currículos e vagas
de emprego de mesmo nome, que está entre os de maior audiência da
América Latina nesse segmento. Segundo Sereza, o mercado de trabalho
brasileiro não faz diferenciação entre candidatos formados por cursos
presenciais ou a distância: O que realmente importa é o conhecimento
obtido e a aplicação no dia a dia e não a forma utilizada para obter
esse conhecimento, defende. Fredric Litto, presidente da Associação
Brasileira de Educação a Distância (Abed), assume praticamente o mesmo
discurso, mas com ressalvas: Aos poucos, o clima está melhorando. Não
está perfeito, mas muita gente reconhece os valores da educação a
distância, avalia.
Determinação, independência, organização e motivação são alguns dos atributos citados tanto por Litto quanto por Ricardo Holz, presidente da Associação Brasileira dos Estudantes de Educação a Distância (Abe-Ead), quando se referem aos requisitos para o aluno de EaD ter sucesso em sua formação. Segundo ambos, são características imprescindíveis ao aluno e muito valorizadas no candidato a uma vaga de emprego. Sereza, da Catho, confirma: Muitas empresas conseguem visualizar no aluno que participa desse modelo de curso (a distância) grandes diferenciais. Holz, da Abe-Ead, tem vasta experiência no assunto. Ele terminou o ensino médio por meio do Telecurso 2000, uma parceria da Fundação Roberto Marinho com prefeituras, governos estaduais e entidades privadas, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para complementar, via TV, a educação de quem precisou abandonar os estudos. Depois, Holz fez graduação em gestão pública e MBA na mesma área, ambos os cursos por EaD e na mesma instituição, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Nesse meio tempo, ajudou a fundar a Abe-Ead e abriu uma empresa de consultoria no uso da tecnologia na educação. Tenho muito nítido na minha cabeça que eu devo isso à educação, e especialmente à educação a distância, afirma Holz, que tem viajado por diversos países a fim de conhecer os modelos internacionais de EaD. O modelo brasileiro está bastante avançado, ele garante, mas a principal resistência vem de dentro da academia: Aqui no Brasil, o MEC (Ministério da Educação) proíbe cursos totalmente online; as avaliações têm que ser presenciais. E eu não estou dizendo que o Brasil está preparado para ter avaliações virtuais, por exemplo, mas essa diferença você percebe nitidamente lá fora (no exterior), as universidades têm uma liberdade maior sobre como trabalhar o conteúdo. Aqui no Brasil, existe ainda um pouco de receio. Segundo o censo do MEC sobre ensino superior realizado em 2010, cerca de 1 milhão de pessoas estudam à distância no Brasil. Enquanto os cursos de graduação presenciais têm um predomínio de matrículas em bacharelados, a maior parte dos alunos de EaD está matriculada em cursos de licenciatura. O percentual de alunos em cursos tecnológicos de EaD também é muito superior à fatia que esse tipo de formação representa no total de cursos presenciais de graduação. http://www.labjor.unicamp.br/comciencia/img/ead/rep_monique/rep_monique_grafico1.jpg O Censo EaD.BR Relatório Analítico da Aprendizagem a Distância no Brasil, realizado anualmente pela Abed, traz dados mais específicos: das matrículas feitas em 2010 em cursos de EaD, 79,5% foram em cursos de graduação, 11,9% em pós-graduação e o restante em educação de jovens e adultos (EJA), em cursos técnicos e outras modalidades de ensino básico. Segundo esse relatório, as instituições privadas predominam no ensino a distância, com 71,9% do total de matrículas. A região Sudeste também concentra a maioria dos alunos matriculados em EaD, com 71% do total. O estado de São Paulo é o que mais tem cursos em EaD credenciados pelo MEC: são 122 no total, em 268 municípios. Em seguida, vêm os estados de Minas Gerais, com 112 cursos em 189 municípios, e da Bahia, com 105 cursos em 227 municípios. De acordo com a lista de cursos credenciados disponível no site do MEC, as graduações a distância oferecidas pelo maior número de instituições, nesses três estados, são pedagogia e administração, seguidas de perto por gestão de recursos humanos, gestão financeira e ciências contábeis. Holz observa, no entanto, que alguns concursos públicos para o primeiro ciclo do ensino fundamental, como os que são abertos pela prefeitura de São Paulo, por exemplo, não aceitam candidatos com o diploma de pedagogia obtido em curso de EaD. O número de queixas recebidas pela Abe-Ead relacionadas a esse tipo de problema é grande e os concursos públicos que não aceitam diploma de cursos a distância estão sendo questionados na justiça. http://www.labjor.unicamp.br/comciencia/img/ead/rep_monique/rep_monique_grafico2.jpg Para o presidente da Abed, qualquer curso pode ser oferecido, senão totalmente, pelo menos parcialmente a distância. Holz endossa: É óbvio que é importante entender que algumas áreas, em especial a área da saúde, têm obrigatoriedade e necessidade de atividades presenciais que são insubstituíveis. Tomados esses parâmetros, da necessidade presencial de cada profissão, todos os cursos podem ser a distância. As áreas do mercado com melhor aceitação de profissionais formados em EaD, de acordo com Tiago Sereza, da Catho, são as de tecnologias da informação, administração, marketing e vendas e recursos humanos. Para Holz, a educação a distância é muito importante para o desenvolvimento do Brasil. No interior do Brasil é que a gente tem visto o que a educação a distância está fazendo pelo país. Muitos dos alunos de EaD são pessoas que não estariam no ensino superior se não fosse a educação a distância, afirma. A expressão à distância dá uma conotação ruim, dá a impressão de que você não está presente, e é o oposto. A tecnologia está aproximando as pessoas da educação; estudar à distância não significa não estudar; os cursos não são mais fáceis, eles são mais difíceis, completa. O resultado é que desde 2007, os graduados por EaD têm conseguido, em média, nota superior aos que cursam ensino presencial no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), segundo o Censo EaD.BR 2011. Holz finaliza: Hoje em dia, a tecnologia é uma realidade, ela está presente nas nossas vidas e não vai embora. Portanto, ela deve, sim, ser inserida na educação. Monique Lopes |
Fonte: Portal Com Ciência |
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Projeto abre 10 mil vagas em cursos on-line gratuitos de TI
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Uma
parceria entre a Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de
Tecnologia da Informação e Comunicação) e o governo federal vai oferecer
10 mil vagas em cursos gratuitos à distância na área da tecnologia da
informação. O projeto vai abrir 10 mil vagas todos os anos. Além de
apoio do MEC, o projeto conta com o financiamento do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação.
O projeto Brasil Mais TI abre as inscrições para cursos nas linguagens de programação Cobol, Java e .net. Para concorrer, é preciso ter mais de 16 anos e passar por uma seleção de perfil profissional e de conhecimentos em tecnologia. O site também vai lançar um portal de vagas gratuito, onde empresas de TI e candidatos com formação na área podem divulgar vagas e currículos. O lançamento do site, onde é possível se inscrever para os cursos, está previsto para hoje. |
Fonte: Uol - Educação |
domingo, 26 de agosto de 2012
Cinco startups que estão revolucionando o ensino online
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Confira lista feita pelo site Mashable; iniciativa de Harvard e MIT é um dos destaques
O movimento que está levando oportunidades de educação para o universo online tem cada vez mais adeptos de peso. O site Mashable publicou nesta semana uma matéria em que elege as cinco startups americanas de educação que mais vêm revolucionando o ensino virtual. De acordo com o texto, essas empresas têm conseguido altos investimentos e seus feitos, impulsionados pelo poder da internet, não mais se restringem aos limites nacionais, mas tem potencial de impacto em todo o mundo. Veja também: link Aprendendo de graça com os tops Confira, a seguir, a lista elaborada pelo site e iniciativas brasileiras próximas que já foram abordadas pelo portal Porvir (http://porvir.org). 1. 2tor (http://2tor.com/) Criada em 2008, a 2tor, que traz no nome uma brincadeira que funciona tanto em inglês quanto em português com a palavra tutor, faz parceria com universidades renomadas, como Georgetown e Washington University in St Louis, e as ajuda a construir seus cursos online. É também uma das startups mais bem financiadas: em abril deste ano, seus investimentos já estavam na casa dos US$ 97 milhões, o que daria algo como R$ 200 milhões. No mês seguinte, a 2tor foi considerada pela Forbes uma das 10 startups que estão mudando o mundo, numa lista que também contava com empresas como Instagram e Pinterest. A 2tor oferece infraestrutura virtual que permite que os professores compartilhem informações com os alunos, criem aulas interativas e deem palestras, além de facilitar a interação social entre os estudantes. Cada uma das plataformas que constrói é adaptada às necessidades das universidades parceiras. Suas versões são acessíveis em celulares e tablets. 2. Udemy (http://www.udemy.com/) A Udemy é uma plataforma em que é possível sugerir e fazer cursos, que podem ou não ser ligados a instituições de ensino. Alguns cursos são grátis, outros têm taxa. Os interessados em propor um curso podem reunir vídeos, arquivos de Power Point, em zip, áudio ou PDF. O site oferece cursos em 15 áreas, entre as quais tecnologia, com quase 300 opções, artes e linguagens. Com quase 10 mil alunos, o curso mais popular atualmente é gratuito na área de tecnologia e se chama Ideas Come From Everywhere (Ideias vêm de todos os lugares, em livre tradução). As aulas foram propostas por Marissa Mayer, ex-executiva da Google que acaba se ser contratada pelo Yahoo. A premissa básica do site é a de crowdlearning, um modelo coletivo de reunião de experiências de ensino e aprendizagem, que vem sendo experimentado no Brasil por sites como o Nós.vc e o Cinese.me e pelo Sabixão. Nos três casos, assim como na Udemy, os usuários dos sites podem sugerir aulas em que compartilharão conhecimentos nas mais variadas áreas de uma maneira simples e a preços acessíveis. 3. EdX (https://www.edx.org/) Anunciado em maio deste ano, o EdX é uma iniciativa conjunta de Harvard e do MIT. A parceria, que agora inclui também a UC Berkeley, leva ensino online gratuito para pessoas de qualquer parte do globo. Entre os recursos do EdX há vídeos, quizzes, resultados de notas e interação com comunidades de estudantes. Depois de um curso piloto, as aulas começam de verdade agora no segundo semestre. As inscrições estão abertas e há sete opções, com e sem pré-requisitos de conhecimento. Nos mesmos moldes, outra iniciativa que vale acompanhar é o Coursera. Inicialmente, a plataforma reunia disciplinas online de Stanford, Michigan, Pennsylvania e Princeton, mas neste mês recebeu outras 12 adesões, inclusive de universidades de fora dos EUA. 4. Voxy (http://voxy.com/) Para suprir a demanda de plataformas de ensino de línguas estrangeiras, a Voxy tem como princípio permitir que os usuários aprendam línguas estrangeiras com a vida. Assim, os idealizadores da plataforma defendem que é preciso usar o contexto em que o aluno está inserido e as tecnologias móveis no ensino de línguas estrangeiras. A Voxy transforma as conversas da vida real, atividades e as informações cotidianas em aprendizado. O serviço permite que o estudante aprenda no seu próprio ritmo e acesse as lições conforme os seus interesses. Também oferece aplicativos para uso da plataforma pelo celular. Desde janeiro do ano passado, quando foi lançada, a Voxy já chegou a um milhão e meio de usuários em mais de 20 países. 5. Noodle (http://www.noodle.org/) O Noodle foi pioneiro ao propor uma ferramenta de busca especializada para a navegação em sites de educação. O sistema customizado de pesquisa se propõe a ser um serviço de curadoria de informação que ajuda estudantes e suas famílias a encontrarem as opções mais adequadas de escolas e cursos, da educação infantil à pós graduação. Fonte: http://porvir.org/porcriar/5-startups-estao-revolucionando-ensino-on-line/20120731 |
Fonte: O Estado de São Paulo |
sábado, 30 de junho de 2012
Ferramentas do Google para a educação
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O
Google possui diversas ferramentas úteis tanto para estudantes, quanto
para professores. Veja oito dicas que podem ajudar você a utilizá-lo.
Aplicações como o Google Earth, Google Acadêmico, Notícias e iGoogle podem ajudar você a ensinar e a aprender. O Google vai muito além da simples busca na internet. Ele disponibiliza diversas ferramentas que podem ser úteis tanto para estudantes, quanto para professores e profissionais da educação. Aplicações como o Google Earth, Google Acadêmico, Notícias e iGoogle podem ajudar você a ensinar e a aprender. Para aproveitar ainda mais essas ferramentas, confira as dicas a seguir. 8 ferramentas do Google para a educação: Google Acadêmico Você pode usar o Google Acadêmico para pesquisas e estudos mais aprofundados em diversas áreas como biologia, literatura, comunicação, psicologia, etc. Use essa fonte como consulta para trabalhos e outras tarefas. 8 ferramentas do Google para a educação: Google Sky Uma verdadeira aula de meteorologia e astronomia por ser feita a partir da ferramenta Google Sky, do Google Earth. 8 ferramentas do Google para a educação: iGoogle O iGoogle permite que você e seus alunos mantenham todas as informações mais importantes ao alcance de um clique. Caixa de entrada dos e-mails, temperatura, notícias, agenda, entre outras ferramentas ficam disponíveis em uma única página pessoal. 8 ferramentas do Google para a educação: Notícias O Google Notícias possibilita que você encontre diferentes fontes de notícias de vários lugares diferentes do planeta em uma única página. 8 ferramentas do Google para a educação: Busca personalizada Com a ferramenta de busca personalizada você pode criar um motor de buscar especialmente feito para suas necessidades. 8 ferramentas do Google para a educação: Google Earth As possibilidades nessa aplicação são inúmeras. Com o Google Earth você pode estudar os oceanos e outros locais em 3D, por exemplo. 8 ferramentas do Google para a educação: Grupo de estudos Em um grupo de estudos do Google você pode colaborar e interagir com seus colegas de classe. 8 ferramentas do Google para a educação: Google Code University Com o Google Code University você pode aprender mais sobre ciências da computação por meio de conteúdos em licença Creative Commons. |
Fonte: Portal Universia |
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Educação a distância:
uma nova realidade |
A cada
dia, mais brasileiros se matriculam em cursos de educação a distância (EAD),
especialmente no âmbito do ensino superior, o que é uma excelente notícia. De
acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2010, a EAD, que praticamente
inexistia dez anos atrás, já responde pelo percentual de 14,6% do total das
matrículas na graduação. Em 2001, apenas 5.359 estudantes estavam matriculados
na modalidade de cursos a distância. Uma década depois, esse número aumentou 170
vezes, chegando a 930.179 estudantes.
Oscar Hipólito - Diretor geral acadêmico da Laureate Brasil Ao contrário do que ocorria em um passado recente, hoje a educação a distância no Brasil não pode mais ser considerada sinônimo de ensino de baixa qualidade. A situação de fato mudou, e muito: os graduados em EAD tiveram, em média, 6,7 pontos a mais no resultado final do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), na comparação com os resultados dos alunos oriundos dos cursos presenciais, conforme revela o Censo EAD.BR Relatório Analítico da Aprendizagem a Distância no Brasil 2012, realizado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). A verdade é que o advento da internet criou um cenário totalmente novo para a educação a distância. Não se trata mais de realizar os estudos por meio de materiais impressos tradicionalmente enviados aos alunos pelo correio. Com a rede mundial de computadores e demais avanços tecnológicos nas telecomunicações, esse tipo de educação a distância tradicional está em franco declínio. Hoje, as possibilidades são mais amplas e pode-se fazer um curso a distância praticamente nos mesmos moldes dos presenciais, com os estudantes assistindo, pela internet, às aulas de professores, com exibição de conteúdos audiovisuais. As avaliações podem ser feitas em tempo real, também pela rede, com tempo certo para a sua realização. Tanto a metodologia de ensino como a forma de avaliar a aprendizagem dos alunos e a atuação do corpo docente na educação a distância passaram por uma revolução, e isto está sendo percebido pelos estudantes, que cada vez mais acreditam e demandam essa modalidade de educação. No exterior, aliás, há uma tendência de fim da fronteira entre educação a distância e presencial: cursos que antes eram exclusivamente presenciais já incluem uma parte realizada remotamente. E os programas de educação a distância muitas vezes abrangem atividades presenciais. No Canadá, país pioneiro da massificação da EAD, seus 32 milhões de cidadãos têm à disposição 56 universidades, das quais 53 oferecem cursos a distância. No Brasil, o próprio governo federal também percebeu que a educação a distância é realidade e reconhece que o percentual de matrículas ainda é baixo em relação a outros países, onde a modalidade responde por até metade dos estudantes. O ministério da Educação, por outro lado, avisou que está atento à questão e irá controlar, por meio de regulamentação, o crescimento do ensino a distância para evitar que uma explosão desta modalidade redunde no aparecimento de cursos de baixa qualidade e sem referências técnica e acadêmica iniciativa salutar e importante em defesa da formação qualificada do estudante. O ponto é que, para países continentais como o Canadá e o Brasil, o ensino a distância é uma solução muito interessante. No caso brasileiro, a EAD tem inclusive o potencial de ajudar o País a se consolidar como potência econômica global. Sim, porque depois de todos os avanços dos últimos anos estabilidade econômica e política, melhoria nas condições de empregabilidade e na renda dos trabalhadores, maior acesso ao crédito e bens de consumo , que permitiram ao país atravessar duas crises mundiais, há grandes oportunidades para o aperfeiçoamento do conjunto de habilidades de nossas futuras gerações no setor de Educação. É senso comum que não se constrói uma nação sem educação de qualidade. E o Brasil está no caminho certo ao universalizar a educação fundamental, tarefa em andamento acelerado. Agora é hora de formar profissionais qualificados, com educação superior, para que possam crescer junto com o País. Um dos grandes desafios da educação brasileira, neste momento, está na expansão do ensino superior. É neste sentido que a EAD pode dar uma importante contribuição, ampliando o potencial de acesso dos brasileiros à universidade, especialmente em estados e municípios com maior dificuldade de mobilidade para os estudantes. Estamos em um momento mais do que apropriado para revisitar nossos marcos regulatório, acadêmico e administrativo com o objetivo de apoiar essa tendência favorável no ensino superior. Zelar pela qualidade do ensino e expandir a oferta de cursos a distância são tarefas essenciais para que o Brasil continue caminhando a passos largos para se tornar um país mais próspero e mais preparado para enfrentar os desafios do seu desenvolvimento. |
Fonte: O Estado de São Paulo |
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Pedagogia é o curso de graduação a distância mais procurado do Brasil. |
O curso de pedagogia a distância possui 273 mil universitários matriculados em todo o Brasil.
O curso de pedagogia é o que tem mais estudantes em graduações a distância no Brasil. Ao todo, são mais de 273 mil matrículas, segundo o Censo da Educação Superior de 2010, realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Ao todo, há cerca de 930 mil matrículas em EAD (Educação a Distância), o que significa que, a cada cem alunos de graduações a distância, 30 são de pedagogia. Administração é o segundo curso em número de graduandos nessa modalidade de ensino, com mais de 128 mil matrículas. A rede privada é responsável pela oferta de 80,5% das matrículas em cursos superiores a distância e, em alguns casos, como marketing ou tecnologia da informação, detém 100% dos estudantes. http://noticias.bol.uol.com.br/educacao/2012/05/30/pedagogia-e-o-curso-de-graduacao-a-distancia-mais-procurado-do-brasil-veja-a-lista.jhtm |
Fonte: Bol - Notícias |
terça-feira, 29 de maio de 2012
EAD e a ruptura no ensino
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Nos
últimos dez anos o Brasil tem visto momentos históricos para a educação.
A popularização do Ensino a Distância (EAD) trouxe à tona a
possibilidade de mais brasileiros ganharem a oportunidade de se
especializar e as empresas do setor ganharam uma nova oportunidade de
ganhar dinheiro. Nos anos 90, a Internet começou a fazer parte da
educação executiva no Brasil. No final da mesma década, passou a fazer
parte também do ensino superior. Como consequência, houve muita
resistência por parte de acadêmicos e instituições de ensino
tradicionais.
Atualmente, números da Associação Brasileira de Ensino a Distância apontam que mais de 2 milhões de estudantes de graduação e pós-graduação estão inseridos nessa modalidade de ensino. O número ainda está bem aquém do registrado nos Estados Unidos, onde supera 12 milhões. Agora o olhar atento sobre essa forma de ensino se faz necessária. A qualidade do EAD se faz igual à de uma universidade presencial? A pergunta, que ainda é pauta dos mais diversos fóruns e discussão do setor, deverá enfraquecer com o tempo, através da consolidação do mercado a distância. E é apostando nisso que as empresas já se armam: milhões são investidos em equipamentos, novos polos de ensino e cursos profissionalizantes para mídias digitais aos professores. E as apostas se consolidam com fatos: enquanto universidades presenciais, como a São Marcos, em São Paulo, são fechadas pelo Ministério da Educação (MEC), vemos exemplos como a Anhanguera Educacional, que cresceu 33,5% no primeiro trimestre e somou 444 mil alunos matriculados, número que é puxado justamente pelo EAD. |
Fonte: Jornal DCI |
sábado, 12 de maio de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Universidades do Rio abrem 6.081 vagas para graduação à distância
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Estão
abertas, até 20 de maio, as inscrições para 6.081 vagas do vestibular do
Consórcio Cederj, que reúne as principais instituições públicas de
ensino superior do Rio de Janeiro: Cefet, Uenf, Uerj, UFF, UFRJ,
UFRRJ-Rural e UniRio. Ao todo, são oferecidos 12 cursos de graduação a
distância e o diploma de graduação é o das instituições de ensino. Este é
o maior número de vagas oferecido desde que o consórcio foi criado.
As inscrições serão feitas somente pela internet, no site www.vestibular.cederj.edu.br. O valor da taxa de inscrição é de R$ 45. As oportunidades são para os cursos de Administração (665 vagas); Administração Pública (438); licenciaturas em Ciências Biológicas(880); em Física (405); em História (250); em Letras (300); em Matemática(783); em Pedagogia (763); em Química (248); em Turismo (286); Tecnologia em Sistemas de Computação (813) e Tecnologia em Gestão de Turismo (250). Nos cursos oferecidos pelo Cederj, o aluno conta com material didático especialmente elaborado para esta modalidade de ensino e necessita comparecer ao seu polo de matrícula, pelo menos, uma vez por mês. Nele, os tutores orientam os estudantes, individualmente ou em grupo, para apoio direto em relação ao conteúdo das matérias. O Consórcio Cederj conta, atualmente, com cerca de 30 mil alunos matriculados nos cursos universitários a distância. Os polos Cederj estão localizados em Angra dos Reis, Barra do Piraí, Belford Roxo, Bom Jesus do Itabapoana, Campo Grande, Cantagalo, Duque de Caxias, Itaguaí, Itaocara, Itaperuna, Macaé, Magé, Miguel Pereira, Natividade, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, Piraí, Resende, Rio Bonito, Rio das Flores, Rocinha, Santa Maria Madalena, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São Gonçalo, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Três Rios e Volta Redonda. |
Fonte: Jornal Extra |
terça-feira, 24 de abril de 2012
Cinco universidades dos EUA criam plataforma de cursos online gratuitos
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Site
terá aulas de Stanford, Princeton, Berkeley, Pensilvânia e Michigan.
Usuário poderá fazer tarefas e participar de fóruns e videoconferências.
Cinco universidades de prestígio dos Estados Unidos (Stanford, Princeton, Universidade da Califórnia em Berkeley, Universidade da Pensilvânia e Universidade de Michigan) vão criar cursos online gratuitos para estudantes em todo o mundo através de uma nova plataforma de ensino interativo, chamada Coursera. O anúncio da criação foi feito nesta quarta-feira (18). Os dois fundadores, professores de ciência da computação da Universidade de Stanford, também anunciaram que receberam US$ 16 milhões em financiamento de duas empresas de investimento do Vale do Silício. O Coursera vai oferecer mais de 30 cursos universitários no ano que vem através do site Coursera.org sobre assuntos que vão desde mitologia grega a neurologia, de cálculo a poesia norte-americana contemporânea. As aulas serão projetadas e ministradas por professores das universidades. O Coursera se junta a uma série de projetos online ambiciosos que têm como objetivo tornar o ensino superior mais acessível e barato. Muitos desses empreendimentos, no entanto, simplesmente publicam palestras inteiras na web, sem nenhum componente interativo. Outros se esforçam para criar novas universidades do zero. Os fundadores Daphne Koller e Andrew Ng afirmam que o Coursera será diferente, pois os professores de escolas de prestígio vão ensinar usando o nome de sua universidade e vão adaptar os seus cursos mais populares para a web, incorporando tarefas e exames a aulas em vídeo, respondendo a perguntas dos alunos em fóruns online -- e até mesmo, talvez, trabalhando por meio de videoconferência. Testes de múltipla escolha e de respostas curtas serão avaliados via computador. O Coursera em breve apresentará um sistema de classificação para avaliar trabalhos mais complexos, tais como ensaios ou algoritmos. Os estudantes não receberão créditos da faculdade. Mas o Coursera pode oferecer "certificados de conclusão" ou transcrições mediante pagamento de uma taxa. Uma empresa também pode tentar lucrar conectano empregadores com alunos que tenham demonstrado aptidão em uma determinada área, disse uma porta-voz. As universidades participantes esperam se beneficiar aumentando a sua reputação no exterior, conectando-se com ex-alunos distantes e, quem sabe, trazendo doações de alunos online agradecidos. |
Fonte: G1 - Portal Globo |
domingo, 15 de abril de 2012
Benefícios da aplicação da tecnologia na educação
Pouco tempo atrás, a discussão que girava em torno da temática tecnologia e educação tratava do uso ou não de ferramentas a favor da aprendizagem.
Contudo, ao resgatarmos um pouco da história e o reflexo que sofremos hoje nas relações sociais e no trabalho, percebemos que esse debate torna-se desnecessário.
A Terceira Revolução Industrial que ocorreu após a II Guerra Mundial provocou significativos impactos nos dias atuais, no modo como a sociedade organiza sua atividade econômica por meio das inovações tecnológicas.
Essas inovações suscitaram o surgimento da sociedade da informação, em que as pessoas geram e armazenam suas informações assim como conseguem disseminá-la e ter acesso de outros a todo o momento.
A sociedade da informação estabeleceu uma forma nova de organização da economia, das relações e do mercado. As novas tecnologias tornaram as respostas e decisões mais rápidas, acompanhando o fluxo das resoluções propostas, aumentando a competitividade no mercado.
Dessa forma, as empresas estão eliminando barreiras físicas e reorganizando os funcionários em redes (conectadas). Assim, independente do local que estão alocados em uma empresa, acessam todas as informações geradas na organização a qualquer momento.
Nesse atual contexto, as novas tecnologias são entendidas por educadores e demais profissionais da área como um importante papel na transformação e difusão do conhecimento, assim como na mudança cultural, pois passaram a exercer uma enorme influência na sociedade sendo ferramentas essenciais e indispensáveis à educação que precisa formar cidadãos para a sociedade da informação.
Nas organizações educacionais são muitas as possibilidades existentes e que podem ser utilizadas como elementos facilitadores da aprendizagem, como: computadores, conexão à internet, software de criação de sites e produção de textos colaborativos, salas de bate-papo, televisão a cabo, satélites, sistema de rádio e jogos eletrônicos, os mesmos que hoje são absorvidos nas relações sociais e profissionais sustentadoras da produção.
Entretanto, mesmo com tantos recursos, o que se percebe ainda são discretos e isolados movimentos de uso das novas tecnologias em contextos escolares e em sua grande maioria concentrado no Ensino Superior devido ao avanço da Educação a Distância.
As ferramentas tecnológicas ainda não foram absorvidas de maneira efetiva, certamente por vários motivos que vão desde a dificuldade de investimento financeiro, a limitação de banda em algumas regiões do país, os conflitos culturais até a falta de formação e capacitação de muitos profissionais da área da educação que desconhecem o modo de absorver essas ferramentas de maneira eficaz no processo de ensino, rompendo com metodologias que durante anos foram utilizadas e atendiam às necessidades da sociedade e profissionais daquele momento.
Seguramente, a educação não continuará por muito tempo nessa tendência, pois sofrerá pressão social, cultural e econômica que sinalizarão uma necessidade emergente de mudança no atendimento das demandas das novas gerações.
- Carina Alves é diretora do Núcleo de Produção de Conteúdo e Inovações Tecnológicas da Anhanguera Educacional
Fonte: Jornal Brasil Econômico
Contudo, ao resgatarmos um pouco da história e o reflexo que sofremos hoje nas relações sociais e no trabalho, percebemos que esse debate torna-se desnecessário.
A Terceira Revolução Industrial que ocorreu após a II Guerra Mundial provocou significativos impactos nos dias atuais, no modo como a sociedade organiza sua atividade econômica por meio das inovações tecnológicas.
Essas inovações suscitaram o surgimento da sociedade da informação, em que as pessoas geram e armazenam suas informações assim como conseguem disseminá-la e ter acesso de outros a todo o momento.
A sociedade da informação estabeleceu uma forma nova de organização da economia, das relações e do mercado. As novas tecnologias tornaram as respostas e decisões mais rápidas, acompanhando o fluxo das resoluções propostas, aumentando a competitividade no mercado.
Dessa forma, as empresas estão eliminando barreiras físicas e reorganizando os funcionários em redes (conectadas). Assim, independente do local que estão alocados em uma empresa, acessam todas as informações geradas na organização a qualquer momento.
Nesse atual contexto, as novas tecnologias são entendidas por educadores e demais profissionais da área como um importante papel na transformação e difusão do conhecimento, assim como na mudança cultural, pois passaram a exercer uma enorme influência na sociedade sendo ferramentas essenciais e indispensáveis à educação que precisa formar cidadãos para a sociedade da informação.
Nas organizações educacionais são muitas as possibilidades existentes e que podem ser utilizadas como elementos facilitadores da aprendizagem, como: computadores, conexão à internet, software de criação de sites e produção de textos colaborativos, salas de bate-papo, televisão a cabo, satélites, sistema de rádio e jogos eletrônicos, os mesmos que hoje são absorvidos nas relações sociais e profissionais sustentadoras da produção.
Entretanto, mesmo com tantos recursos, o que se percebe ainda são discretos e isolados movimentos de uso das novas tecnologias em contextos escolares e em sua grande maioria concentrado no Ensino Superior devido ao avanço da Educação a Distância.
As ferramentas tecnológicas ainda não foram absorvidas de maneira efetiva, certamente por vários motivos que vão desde a dificuldade de investimento financeiro, a limitação de banda em algumas regiões do país, os conflitos culturais até a falta de formação e capacitação de muitos profissionais da área da educação que desconhecem o modo de absorver essas ferramentas de maneira eficaz no processo de ensino, rompendo com metodologias que durante anos foram utilizadas e atendiam às necessidades da sociedade e profissionais daquele momento.
Seguramente, a educação não continuará por muito tempo nessa tendência, pois sofrerá pressão social, cultural e econômica que sinalizarão uma necessidade emergente de mudança no atendimento das demandas das novas gerações.
- Carina Alves é diretora do Núcleo de Produção de Conteúdo e Inovações Tecnológicas da Anhanguera Educacional
Fonte: Jornal Brasil Econômico
quinta-feira, 29 de março de 2012
Diretor da Capes reforça importância da educação a distância
Diretor da Capes reforça importância da educação a distância em aula na Unirio
O diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), João Carlos Teatini, participou no dia 20 de março, da aula magna do primeiro semestre da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). A aula teve como tema a contribuição dos cursos a distância para a expansão do ensino superior, na qual Teatini apresentou o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e refletiu sobre o uso da tecnologia na educação.
Em sua exposição, Teatini ressaltou a importância das novas tecnologias e do acesso facilitado ao conhecimento nas políticas voltadas para a educação, frisando a necessidade de investimentos em tecnologia, atrelado à capacitação de professores e à promoção de infraestrutura nas escolas. "A tecnologia deve ser um instrumento, não um fim. É preciso ter uma boa estrutura, com oferta de banda larga nas escolas, e docentes capacitados", afirma o diretor.
Teatini fala sobre a contribuição dos cursos a distância para a expansão do ensino superior.
Entre as iniciativas mais recentes para qualificar o Sistema UAB, Teatini destacou a aprovação de resolução que autoriza cursos de segunda licenciatura a distância e a preparação de editais de apoio à pesquisa em EaD, para fomento a objetos de aprendizagem virtuais e de incentivo ao compartilhamento de tecnologias das modalidades presencial e compartilhada.
Segundo Teatini, a meta, para 2014, é chegar a 600 mil alunos e a mil polos, o que significa um polo para cada cinco municípios brasileiros índice alcançado somente pela região Norte, além do incentivo ao ingresso de estudantes em cursos de licenciatura. "Não há como aumentar as matrículas nas licenciaturas senão tivermos uma carreira docente atrativa, com respeito ao piso salarial. Essa é uma bandeira do ministro Aloizio Mercadante [da Educação]", disse Teatini.
Teatini destacou ainda que, além de propiciar o acesso de jovens de cidades mais distantes das capitais à universidade, sem que tenham que sair de seus locais de origem, os cursos a distância promovem um crescimento social nos municípios que contam com polos de apoio. Para o Reitor da Unirio, Luiz Pedro Jutuca, esse é um fator que aumenta a importância da EaD. "Trata-se de uma ação exitosa, que promove o desenvolvimento sustentável nos municípios e favorece a ascensão social", destacou.
(Com informações da Unirio)
Fonte: CAPES
O diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), João Carlos Teatini, participou no dia 20 de março, da aula magna do primeiro semestre da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). A aula teve como tema a contribuição dos cursos a distância para a expansão do ensino superior, na qual Teatini apresentou o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e refletiu sobre o uso da tecnologia na educação.
Em sua exposição, Teatini ressaltou a importância das novas tecnologias e do acesso facilitado ao conhecimento nas políticas voltadas para a educação, frisando a necessidade de investimentos em tecnologia, atrelado à capacitação de professores e à promoção de infraestrutura nas escolas. "A tecnologia deve ser um instrumento, não um fim. É preciso ter uma boa estrutura, com oferta de banda larga nas escolas, e docentes capacitados", afirma o diretor.
Teatini fala sobre a contribuição dos cursos a distância para a expansão do ensino superior.
Entre as iniciativas mais recentes para qualificar o Sistema UAB, Teatini destacou a aprovação de resolução que autoriza cursos de segunda licenciatura a distância e a preparação de editais de apoio à pesquisa em EaD, para fomento a objetos de aprendizagem virtuais e de incentivo ao compartilhamento de tecnologias das modalidades presencial e compartilhada.
Segundo Teatini, a meta, para 2014, é chegar a 600 mil alunos e a mil polos, o que significa um polo para cada cinco municípios brasileiros índice alcançado somente pela região Norte, além do incentivo ao ingresso de estudantes em cursos de licenciatura. "Não há como aumentar as matrículas nas licenciaturas senão tivermos uma carreira docente atrativa, com respeito ao piso salarial. Essa é uma bandeira do ministro Aloizio Mercadante [da Educação]", disse Teatini.
Teatini destacou ainda que, além de propiciar o acesso de jovens de cidades mais distantes das capitais à universidade, sem que tenham que sair de seus locais de origem, os cursos a distância promovem um crescimento social nos municípios que contam com polos de apoio. Para o Reitor da Unirio, Luiz Pedro Jutuca, esse é um fator que aumenta a importância da EaD. "Trata-se de uma ação exitosa, que promove o desenvolvimento sustentável nos municípios e favorece a ascensão social", destacou.
(Com informações da Unirio)
Fonte: CAPES
terça-feira, 6 de março de 2012
Redes sociais e aprendizado escolar
Uma pergunta que muitos se fazem é como usar as novas mídias sociais de modo a contribuir para o aprendizado. Redes sociais são associações de pessoas, grupos de interação e convívio característicos de cada ambiente e realidade social. Com a massificação da internet e, em especial, com a explosão do fenômeno Facebook, as redes sociais incorporaram seus elementos sociais e culturais, aliando-se ao contexto de pós-modernidade vivido nos dias atuais. Como bem define Zygmunt Bauman, sociólogo contemporâneo, é o mundo líquido.
Diferentemente da sociedade moderna anterior, que chamo de modernidade sólida, que também tratava sempre de desmontar a realidade herdada, a de agora não o faz com uma perspectiva de longa duração, com a intenção de torná-la melhor e novamente sólida. Tudo está agora sendo permanentemente desmontado, mas sem perspectiva de alguma permanência. Tudo é temporário. É por isso que sugeri a metáfora da liquidez para caracterizar o estado da sociedade moderna: como os líquidos, ela se caracteriza pela incapacidade de manter a forma. Nossas instituições, quadros de referência, estilos de vida, crenças e convicções mudam antes que tenham tempo de se solidificar em costumes, hábitos e verdades autoevidentes. Eles (os jovens) não podem mais contar, como a antiga geração, com a natureza permanente do mundo lá fora, com a durabilidade das instituições que tinham antes toda a probabilidade de sobreviver aos indivíduos, afirmou Bauman em uma entrevista.
Contidas nessa liquidez, as redes sociais espelham o modo como muitos jovens se relacionam atualmente: a banda ou o cantor preferido, o grupo de dança, o time de futebol, os amigos da sala de aula, a turma que vai a festas junta etc. O advento da internet e a massificação das mídias sociais lançam um desafio aos educadores: educar com matrizes sólidas, milenares e científicas alunos imersos em outro mundo. Nós, os educadores, protagonistas da educação, procuramos desenvolver uma estratégia de convertê-las ao projeto pedagógico que preconiza nossa ação docente.
Será que as redes sociais mais ajudam ou atrapalham o aprendizado? Há autores que apontam um dilema vivido nas escolas atualmente, pois somos a única geração na qual os alunos são proficientes em tecnologia e os professores, não. Assim, surge um conflito no sistema educacional: ele é concebido e implementado pelos chamados imigrantes digitais para ensinar nativos digitais, como define o renomado professor estadunidense Marc Prensky.
O desafio para os educadores é promover um amálgama de saberes tradicionais (legado) com novos saberes (futuro) por meio das novas tecnologias, que devem se inserir em um projeto pedagógico, no sentido de a avalanche de informações colaborar para a construção do conhecimento. Isso com os mesmos passos que se estabelecem nas chamadas mídias tradicionais (papel, lápis, giz, lousa etc.).
Sou um entusiasta do uso da tecnologia em sala de aula e percebo o envolvimento e a animação dos alunos. Creio que o uso do Twitter, Facebook, Tumblr e outras redes sociais proporcionam a oportunidade de desafiar os jovens, criando uma nova matriz líquida do aprendizado, mais condizente com suas necessidades e demandas. Mas o ponto-chave, a meu ver, é o de atingi-los nos sentidos, isto é, promover uma cultura de tolerância, solidariedade, respeito mútuo, cidadania, autonomia e protagonismo social.
Assim, podemos unir os conteúdos ministrados no cotidiano escolar com assuntos e temas da contemporaneidade ao compartilhar vídeos, enigmas, curiosidades e as últimas notícias em tempo real e elucidar fenômenos, por exemplo. O objetivo dessa abordagem é colaborar para que os alunos se tornem cidadãos críticos, capazes de julgar, pensar, filtrar informações e construir argumentos fundados na capacidade de decifrar tudo o que os cerca, compreendendo os diversos eventos que impactam nosso mundo atual.
Sem dúvida, as redes sociais ajudam no cotidiano escolar. Com o advento da internet e das redes sociais, nossas aulas deixam de estar restritas ao horário e tempo físico e acabam se tornando espaços atemporais e virtuais de aprendizado, nos quais há uma construção permanente do conhecimento. Há anos, às vésperas de alguma prova, alguns alunos, invariavelmente os desavisados, distraídos ou relapsos, perguntavam: Magrão, o que vai cair na prova? Hoje, esse perfil de aluno continua a frequentar nossas escolas, mas a pergunta mudou para: Magrão, qual é o horário de sua twitcam? Estou cheio de dúvidas e quero estudar contigo, facilita muito! Passou o tempo, mas as pessoas e as redes sociais só mudaram de estado. Vivemos na fluidez, em períodos desafiadores, num tempo de incertezas e novos desafios.
Por: Claudio Paris, licenciado em ciências, biologia e pós-graduado em educação pela Universidade de São Paulo (USP).
Fonte: Portal Revista Fator
Diferentemente da sociedade moderna anterior, que chamo de modernidade sólida, que também tratava sempre de desmontar a realidade herdada, a de agora não o faz com uma perspectiva de longa duração, com a intenção de torná-la melhor e novamente sólida. Tudo está agora sendo permanentemente desmontado, mas sem perspectiva de alguma permanência. Tudo é temporário. É por isso que sugeri a metáfora da liquidez para caracterizar o estado da sociedade moderna: como os líquidos, ela se caracteriza pela incapacidade de manter a forma. Nossas instituições, quadros de referência, estilos de vida, crenças e convicções mudam antes que tenham tempo de se solidificar em costumes, hábitos e verdades autoevidentes. Eles (os jovens) não podem mais contar, como a antiga geração, com a natureza permanente do mundo lá fora, com a durabilidade das instituições que tinham antes toda a probabilidade de sobreviver aos indivíduos, afirmou Bauman em uma entrevista.
Contidas nessa liquidez, as redes sociais espelham o modo como muitos jovens se relacionam atualmente: a banda ou o cantor preferido, o grupo de dança, o time de futebol, os amigos da sala de aula, a turma que vai a festas junta etc. O advento da internet e a massificação das mídias sociais lançam um desafio aos educadores: educar com matrizes sólidas, milenares e científicas alunos imersos em outro mundo. Nós, os educadores, protagonistas da educação, procuramos desenvolver uma estratégia de convertê-las ao projeto pedagógico que preconiza nossa ação docente.
Será que as redes sociais mais ajudam ou atrapalham o aprendizado? Há autores que apontam um dilema vivido nas escolas atualmente, pois somos a única geração na qual os alunos são proficientes em tecnologia e os professores, não. Assim, surge um conflito no sistema educacional: ele é concebido e implementado pelos chamados imigrantes digitais para ensinar nativos digitais, como define o renomado professor estadunidense Marc Prensky.
O desafio para os educadores é promover um amálgama de saberes tradicionais (legado) com novos saberes (futuro) por meio das novas tecnologias, que devem se inserir em um projeto pedagógico, no sentido de a avalanche de informações colaborar para a construção do conhecimento. Isso com os mesmos passos que se estabelecem nas chamadas mídias tradicionais (papel, lápis, giz, lousa etc.).
Sou um entusiasta do uso da tecnologia em sala de aula e percebo o envolvimento e a animação dos alunos. Creio que o uso do Twitter, Facebook, Tumblr e outras redes sociais proporcionam a oportunidade de desafiar os jovens, criando uma nova matriz líquida do aprendizado, mais condizente com suas necessidades e demandas. Mas o ponto-chave, a meu ver, é o de atingi-los nos sentidos, isto é, promover uma cultura de tolerância, solidariedade, respeito mútuo, cidadania, autonomia e protagonismo social.
Assim, podemos unir os conteúdos ministrados no cotidiano escolar com assuntos e temas da contemporaneidade ao compartilhar vídeos, enigmas, curiosidades e as últimas notícias em tempo real e elucidar fenômenos, por exemplo. O objetivo dessa abordagem é colaborar para que os alunos se tornem cidadãos críticos, capazes de julgar, pensar, filtrar informações e construir argumentos fundados na capacidade de decifrar tudo o que os cerca, compreendendo os diversos eventos que impactam nosso mundo atual.
Sem dúvida, as redes sociais ajudam no cotidiano escolar. Com o advento da internet e das redes sociais, nossas aulas deixam de estar restritas ao horário e tempo físico e acabam se tornando espaços atemporais e virtuais de aprendizado, nos quais há uma construção permanente do conhecimento. Há anos, às vésperas de alguma prova, alguns alunos, invariavelmente os desavisados, distraídos ou relapsos, perguntavam: Magrão, o que vai cair na prova? Hoje, esse perfil de aluno continua a frequentar nossas escolas, mas a pergunta mudou para: Magrão, qual é o horário de sua twitcam? Estou cheio de dúvidas e quero estudar contigo, facilita muito! Passou o tempo, mas as pessoas e as redes sociais só mudaram de estado. Vivemos na fluidez, em períodos desafiadores, num tempo de incertezas e novos desafios.
Por: Claudio Paris, licenciado em ciências, biologia e pós-graduado em educação pela Universidade de São Paulo (USP).
Fonte: Portal Revista Fator
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