domingo, 18 de novembro de 2012

Redes acadêmicas brasileiras se preparam para a internet do futuro

  – No primeiro semestre de 2013, algumas universidades e instituições de pesquisa do Estado de São Paulo começarão a se conectar a uma rede experimental na qual serão testadas aplicações de novas tecnologias que poderão definir a internet do futuro.

Em âmbito nacional, outras dez instituições brasileiras, incluindo três do Estado de São Paulo – Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CpQD) –, também serão integradas a outra rede experimental que começará a ser criada no início de 2013 com o mesmo objetivo da rede paulista.

As duas redes experimentais acadêmicas brasileiras se somarão a algumas outras estabelecidas nos últimos anos em outros países com o objetivo de preparar universidades e instituições de pesquisa a uma mudança de paradigma na tecnologia de internet, prevista para ocorrer já nos próximos anos.

Baseada atualmente na troca (chaveamento) de pacotes de dados, a tecnologia da internet deverá migrar para o chaveamento de fluxos – conjuntos de pacotes de dados que têm alguma característica em comum.

Em função dessa mudança, as redes deixarão de ser definidas pelos equipamentos de rede (como os switches e roteadores) e pelos softwares contidos neles, como ocorre hoje, e passarão a ser gerenciadas por aplicativos externos que determinarão o comportamento dos fluxos de dados.

Em 2008, um grupo de pesquisadores de redes das universidades Stanford e da Califórnia em Berkeley, ambas nos Estados Unidos, publicou um artigo descrevendo a implementação de um novo protocolo para gerenciamento de tráfego. Chamada “OpenFlow”, a tecnologia abriu as portas para que as “redes definidas por software” se tornem realidade.

O protocolo permite transferir o controle do tráfego de dados em uma rede, antes realizado por switches e roteadores, para servidores externos. Com isso, se abriu a possibilidade de se desenvolver softwares de controle de tráfego de redes, com código aberto e executados por esses servidores, conforme começaram a fazer algumas startups criadas por pesquisadores da própria Universidade de Stanford e por outras instituições de pesquisa em todo o mundo.

Além disso, muitas empresas de tecnologia de computação começaram a fabricar e a disponibilizar switches e roteadores com OpenFlow para serem testados inicialmente em redes experimentais, dado que seria impossível interromper a word wide web para avaliar a nova tecnologia.

“A internet é uma commodity fundamental na vida das pessoas, e não se pode parar o funcionamento dela para experimentar coisas novas. Por isso, estão sendo desenvolvidos projetos de redes experimentais para suportar a internet do futuro”, disse Cesar Marcondes, professor do Departamento de Computação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), à Agência FAPESP.

De acordo com Marcondes, algumas empresas de tecnologia, como o Google, já desenvolveram códigos e estão operando suas redes de data centers com OpenFlow.
Atentas a esse movimento, universidades e instituições de pesquisa nos Estados Unidos e na Europa, que foram o “berço” da internet, também já montaram redes nacionais para possibilitar que seus pesquisadores possam fazer experimentos com a tecnologia OpenFlow.

Seguindo o mesmo caminho, a Rede Acadêmica do Estado de São Paulo (ANSP), financiada pela FAPESP, também pretende começar a realizar no primeiro semestre de 2013 um teste inicial de implementação de OpenFlow em uma rede experimental.

O teste na rede experimental paulista terá a participação de algumas das mais de 50 universidades e instituições de pesquisa filiadas à ANSP. Entre elas estão a USP, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), a UFSCar e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Já em escala nacional, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) – que interconecta as universidades e instituições de pesquisa brasileiras e provê o acesso internacional à internet – também coordena a criação de uma rede experimental em parceria com a União Europeia para realização de experimentos de novas aplicações baseadas em OpenFlow. Denominado Fibre, o projeto é realizado com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do 7th Framework Programme (FP7) da União Europeia.

“As universidades e instituições de pesquisa brasileiras têm que se preparar agora, porque não se sabe quando ocorrerá essa transição de paradigma na tecnologia da internet e quanto antes elas estiverem preparadas será melhor”, disse Luis Fernandez Lopez, coordenador geral da ANSP.

“Seria terrível se os sistemas de tecnologia da informação criados nas universidades e instituições de pesquisa do país para dar suporte aos seus processos educacionais e de pesquisa parassem em um determinado momento porque não acompanharam a evolução das pesquisas em TI”, avaliou Lopez.

Inovações nas redes acadêmicas

Segundo especialistas na área, as redes experimentais brasileiras possibilitarão aos pesquisadores em rede do país desenvolver e testar diversas soluções locais baseadas em OpenFlow que, eventualmente, poderão ser implementadas nas redes acadêmicas para suportar tanto o atual tráfego legado de dados entre elas como também novas funcionalidades.

Como se terá acesso à interface de programação dos switches com protocolo OpenFlow que compõem as redes experimentais, é possível desenvolver e implantar diversas soluções no servidor que os controla. Entre elas estão inovações voltadas para racionalizar a utilização das redes, tornando-as mais seguras e menos sujeitas a falhas.

Hoje, normalmente as redes utilizam os mesmos roteadores – que são equipamentos sofisticados e caros, que funcionam como servidores – tanto nos pontos por onde passa muito tráfego como naqueles onde o tráfego é muito pequeno.

Por outro lado, o OpenFlow permite usar nos pontos de pouco tráfego switches mais simples, que consomem menos energia e com as mesmas funcionalidades dos outros dispositivos por serem controlados por um mesmo servidor externo.

Além disso, soluções de computação em nuvem – caracterizadas pelo compartilhamento, por meio da rede, de computadores e servidores instalados em um data center –, cujo gerenciamento é muito difícil e complicado com a tecnologia utilizada hoje, poderiam ser gerenciadas por múltiplos usuários, de maneira bem mais simples, usando OpenFlow.

“O OpenFlow abre a possibilidade de se programar uma rede, em vez de apenas configurá-la, que é o que só se consegue fazer hoje. Em função disso, deverá surgir uma série de empresas que desenvolvem software para redes, a exemplo do que já está ocorrendo nos Estados Unidos”, estimou Marcondes, que participa do projeto Fibre.

Mais oportunidades para os pesquisadores brasileiros
Na avaliação de Marcondes e outros especialistas, a comunidade científica brasileira tem muito mais condições de participar ativamente e desempenhar um papel mais relevante nessa mudança de paradigma da tecnologia da internet para redes baseadas em software do que quando entrou em cena a web, a versão “moderna” da internet.

Quando a internet começou a se popularizar no Brasil, na década de 1990, sua tecnologia era baseada no desenvolvimento de equipamentos que permitem fazer chaveamento de pacotes de dados, como os switches e roteadores – que exigem grandes investimentos e o envolvimento de muitas pessoas. O desenvolvimento de software demanda menos recursos e menor número de profissionais.

“É muito mais fácil interferir em uma indústria de software que depende, basicamente, de boas ideias trazidas por bons pesquisadores do que na indústria de hardware”, comparou Lopez.

“Temos uma oportunidade de ouro com as redes definidas por software. Ao contrário de 1990, quando não havia pesquisa em hardware nas universidades brasileiras e indústrias preparadas para desenvolver esses equipamentos, hoje temos boa pesquisa na área de software e boa ciência e engenharia de computação”, avaliou.

Para estimular os pesquisadores da área a aproveitar as oportunidades e se preparar para as mudanças que deverão ser apresentadas pela Internet do futuro, a ANSP começou a realizar nos últimos dois anos uma série de ações.

No início de 2012, a ANSP começou a realizar encontros semestrais com os profissionais da área de TI de suas universidades e instituições de pesquisa filiadas.

No último encontro, realizado no fim de outubro e início de novembro no Instituto de Física Teórica da Unesp, em São Paulo, a ANSP realizou um curso de introdução ao OpenFlow, ministrado por Marcondes, e um workshop sobre políticas de roteamento.

“Se existe a perspectiva de que a internet deve caminhar na direção de redes definidas por software – e estamos convencidos de que irá –, é necessário que as universidades e instituições de pesquisa estejam prontas para fazer essa transição a partir de agora”, disse Lopez.
Fonte: Portal Agência Fapesp
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Fonte: Portal Universia

sábado, 10 de novembro de 2012


5 dicas para quem pensa em fazer um curso a distância

  Agora não é mais necessário sair de casa para ter um diploma. Diversas universidades oferecem cursos online – tanto de graduação como pós-graduação – e abrem, assim, oportunidade para alunos que, por diversos motivos, não podem comparecer fisicamente à sala de aula.

Para alguns, essa possibilidade pode parecer ideal – não há preocupações quanto a chegar atrasado às aulas, temor em ser chamado para falar em público ou o incômodo de sentar em uma cadeira pouco confortável por horas a fio.
Porém, tais pensamentos não passam de mera fantasia! Antes de entrar de cabeça em um curso online, é importante conhecer como funciona esse universo para, então, tomar a decisão de seguir ou não em frente.

Foi pensando em ajudar aqueles que estão na dúvida que o site americano Edudemic ouviu pessoas que completaram seus cursos a distância com êxito. Os estudantes deram 5 dicas que consideram fundamentais para aqueles que desejam obter bom desempenho em cursos online. Confira abaixo e veja se você tem perfil para ser um “aluno online”.

1. A tecnologia não pode ser um problema
Pode parecer óbvio, mas para participar de um curso a distância é fundamental que se tenha acesso à tecnologia exigida. Acesso a computadores com boa conexão à internet pode ser uma demanda diária. Muitos cursos exigem de seus alunos uma produção volumosa, assim, computadores lentos podem atrapalhar o rendimento, causando, até mesmo, atrasos significativos em relação aos prazos estabelecidos pelos professores. Se a tecnologia for um “peso” e causar problemas constantes ela se tornará o foco e prejudicará o desenvolvimento do curso.

2. Saiba que tipo de estudante você é
É importante conhecer-se como estudante, pois dessa forma, torna-se possível incentivar o seu gosto pelo estudo. Conhecer os elementos e recursos que acionam sua curiosidade e vontade de estudar é fator-chave para um bom desempenho, não apenas nos cursos presenciais, mas também – e principalmente – nos cursos a distância. Você pode buscar complementos para o conteúdo que lhe foi passado na plataforma online e assim, ampliar o tema debatido em aula. Dividir suas descobertas e métodos com seus colegas também pode ser interessante. Pense em organizar fóruns de discussão com aqueles que compartilham interesses semelhantes aos seus.

3. Seja disciplinado
Um curso online exige ainda mais disciplina do que cursos presenciais. Você estará sozinho, sem professores ou colegas em volta que, ocasionalmente, possam chamar sua atenção para uma questão importante ou caso você esteja distraído. Você é o único responsável por determinar quais serão as “políticas” de aula e estudo. A primeira dica é estabelecer uma hora específica para a aula. A segunda dica é: não se distraia durante a aula. Não levante pra resolver problemas, atender ao telefone ou a campainha. Deixe claro para todos que, de tal a tal hora, você está ocupado.

4. Você deve ser capaz de trabalhar bem sozinho
Se você tem dificuldades para trabalhar sozinho, talvez um curso a distância não seja a melhor opção. Não haverá pessoas em volta para te motivar, a motivação partirá inteiramente de você e sua pró-atividade. Alguns cursos online, porém, propõem atividades em grupo (grupos online), mas não é sempre que ocorre.

5. Saiba administrar “pausas”, elas também são necessárias.
Saiba administrar o tempo. Estudar em casa pode ser perigoso pois a falta de horários pré estabelecidos pode levar ou a uma produtividade escassa ou a um tempo de trabalho sem limites, que se estende muito além do recomendado. Como já foi dito, estabeleça um horário para a aula e cumpra esse horário, sem esquecer das demais atividades, que são fundamentais e podem te ajudar a aproveitar ainda melhor o curso. Pausas são necessárias!
Fonte: Portal Educomunicação