quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Universidade Corporativa: sua gestão e seus impactos

Universidade Corporativa: sua gestão e seus impactos



Universidade Corporativa: conceitos básicos e principais características

Empresa é um conjunto organizado de meios com vista a exercer uma atividade particular, pública, ou de economia mista, que produz e oferece bens e/ou serviços, com objetivo de atender a alguma necessidade humana (www.wikipedia.org). Para Zampar Júnior (2007) é difícil falar em conceito de empresa, pois sobre este assunto não há um conceito ou uma verdade estabelecida, existem sim inúmeras vertentes que apregoam diversos conceitos e definições daquilo que é empresa, e que muitas vezes terminam por se contradizer, pouco acrescentam e, ao final, nada dizem deste fenômeno.

Márquez (2002, p.19) define gestão do conhecimento como sendo o processo sistemático de identificação, criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização. É a administração dos ativos de conhecimento das organizações. Permite à organização saber o que ela sabe.

Segundo Márquez (2002, p.19) Universidade Corporativa é a entidade educacional de uma organização que promove a educação corporativa com o objetivo de atender às suas estratégias. Ela pode ser denominada também de academia corporativa, instituto de aprendizagem, faculdade ou escola empresarial.

Rodriguez (2002) afirma que a Universidade Corporativa é um dos elementos que irá auxiliar as empresas a migrar para a Sociedade do Conhecimento, mas o caminho a ser percorrido não é simples e nem rápido. Deve ser reforçado que um primeiro momento poderá haver apenas a mudança do nome, da imagem e até do visual, mas o fundamental estará na mudança de postura e da real conexão com as questões estratégicas da organização.

As principais características entre as universidades tradicionais e as corporativas correspondem às ligadas a competência, aprendizagem, sistema educacional, ensinamento, cultura e resultado. Em relação à competência, a Universidade Tradicional (UT) desenvolve as competências básicas para o mercado de trabalho e a Universidade Corporativa (UC) as de sucesso do negócio da organização; a aprendizagem, na UT baseia-se em sólida formação conceitual e universal e a UC na prática dos negócios; o sistema educacional na UT é formal e na UC é regulado pela gestão de competências; o ensinamento na UT é baseado nas crenças e valores universais e na UC é pautado na crença e valores da empresa; já na cultura a UT desenvolve cultura acadêmica e a UC a cultura organizacional; e no resultado a UT prepara os graduados para serem cidadãos competentes para o sucesso de instituições e comunidade e na UC prepara os funcionários para serem cidadãos competentes para o sucesso da empresa, dos client es, fornecedores, empregados e acionistas.

Finalizando, Rodriguez (2002, p.444) ressalta que o surgimento das Universidades formadas dentro das empresas teve o mercado e a concorrência como fortes impulsionadores, visto que as Universidades Tradicionais, orientadas de modo funcional, formavam especialistas para o mercado de modo não específico. E a inda complementa que algumas empresas partiram na frente, criando suas próprias Universidades, com objetivo de ensinar, de forma focada, tudo relacionado aos seus produtos e serviços. Esta visão de UC, resumidamente traduz que este novo modelo de educação visa complementar o modelo de educação da Universidade Tradicional.

Modelo de Gestão Educacional: elementos-chave

A Sociedade do Conhecimento enfoca o planejamento, a inovação e as estratégias das organizações. Portanto é necessário que estas desenvolvam o seu modelo educacional. Um modelo que proporcione não só o treinamento tradicional, mas que seja um processo contínuo e sistemático. Este novo modelo, aqui denominado de Universidade Corporativa desempenha um papel primordial no desenvolvimento do processo de mudança nas empresas.

No contexto dos negócios, os elementos-chave também conhecidos como valores comuns, que constituem o modelo de gestão de Universidade Corporativa são os seguintes: governança (liderados por um Comitê Estratégico e de um Comitê Executivo); organização (deve estar direcionada aos programas definidos pelo Comitê Executivo); visão, missão e objetivos estratégicos (visão de futuro para os próximos cinco anos, missão e objetivos devem estar contemplados no plano estratégico da organização); receita (identificar as fontes – deverá se tornar auto-sustentável); produtos e serviços (devem estar ligados às reais necessidades dos negócios da empresa); tecnologia (base para tomada de decisão); comunicação (deve ser utilizado um atendimento diferenciado/personalizado); resultados/medição (utilizar indicadores dinâmicos e balanceados); e parceiros (forma de oxigenação dos conhecimentos da organização). Segundo Rodriguez (2002), a UC deverá atuar como elemento de propagação destes valores, t ornando a empresa cada vez mais focada nos seus negócios.

Márquez (2002, p. 45) confirma que a missão da Universidade Corporativa consiste em formar e desenvolver os talentos humanos na gestão de negócios, promovendo a gestão do conhecimento organizacional (geração, assimilação, difusão e aplicação), por meio da aprendizagem contínua e ativa, de modo a garantir a sustentabilidade das organizações. E complementa que ao se lançarem uma UC as empresas esperam o fortalecimento da capacidade de aprendizagem dos seus empregados, em termos de sua capacidade de agregar valor.

Enfim, neste contexto, o desenvolvimento dos talentos humanos possibilita inovar o modelo de gestão de pessoas por meio da modalidade de ensino-aprendizagem no processo de educação corporativa, capaz de assegurar um diferencial competitivo na organização. Abreu (2003) evidencia que as empresas precisam enfrentar essas mudanças de maneira pró-ativa. A capacidade de ajustar-se às novas exigências e desenvolver seu capital intelectual torna-se uma questão de sobrevivência.

Implantação da Universidade Corporativa: fatores críticos nas empresas

Compreende-se que os novos desafios da competitividade global direcionam as organizações às rupturas em seus paradigmas e à implantação de novos sistemas de gestão educacional que privilegiem o desenvolvimento do capital humano. Tais rupturas nos levam a estudar e a analisar que fatores são estes que fazem parte dos desafios nas organizações.

Os principais fatores críticos para a efetiva implantação e reconhecimento de uma UC são: o comprometimento de todas as gerências do primeiro nível da organização; a definição do que deve e do que não deve ser feito pela UC; definição dos produtos e serviços, requisitos de qualidade e atendimento aos clientes; estudo do grau de centralização e descentralização de suas atividades; estudo sobre fornecimento de consultoria, definindo a área de conhecimento; definição do grau de dedicação dos seus funcionários; estudo sobre o seu público-alvo priorizado, visando a coerência com as estratégias das organizações; busca das parcerias adequadas; realização sobre as novas tecnologias que serão utilizadas; estudo sobre medição de resultados; análise do impacto dos resultados na UC, em termos do sistema de reconhecimento e recompensa das pessoas; desenvolvimento do ciclo de criação de novos produtos e programas de aprendizagem; determinação das estratégias de marketing e comunicação; rea lização de um estudo sobre sistematização de melhores práticas de mercado e o tratamento de erros.

Finalmente, para que seja realizada a implantação de uma universidade corporativa é necessário que existam: o comprometimento sustentado pelos grandes executivos; o consenso entre os gerentes de nível médio sobre a necessidade de uma UC; a capacidade de desenvolver um elo entre a UC e as metas empresariais da organização; a visibilidade da ênfase da corporação na aprendizagem e a capacidade de se provar o valor da UC. Para complementar esta consideração, Silva (2007) afirma que há várias razões para uma empresa desejar criar uma universidade corporativa, tais como a criação de valores para os funcionários, a criação de uma boa imagem externa causando uma boa impressão aos clientes ou sócios e uma boa imagem interna.

Conclusão

Rodriguez (2002) enfatiza que a Universidade Corporativa traz, portanto, uma nova filosofia de atuação que ultrapassa as questões de forma e visuais. Somente aqueles que perceberem as sutilezas inerentes a este processo de mudança é que estarão efetivamente criando um diferencial competitivo para as suas empresas.

Porém, é necessário salientar que esta mudança cultural e comportamental na implantação de um novo modelo educacional envolve não só os que fazem parte da UC, mas toda a empresa. Neste contexto, Márquez (2002, p.37) afirma que as empresas necessitam da teoria e da prática integradas e de forma rápida e permanente. A finalização de um curso universitário não garante ao formando a competência para lidar com as mudanças. Assim, é mister o aprendizado contínuo, capaz de qualificar o aprendiz para estratégias arrojadas e pró-ativas, para a realização de seu potencial criativo, para dominar certas habilidades e informações, para ter oportunidades de alocação no mercado de trabalho e realocação às vezes na mesma empresa.

Nos estudos sobre Universidade Corporativa, Rodriguez (2002) evidencia e identifica que existem algumas dificuldades de implantação: treinamento da equipe de professores, gerentes de relacionamento ou de conta; falta de engajamento dos diversos níveis da organização; plano inadequado de implantação; falta de entendimento dos funcionários do que venha a ser a Universidade Corporativa; e Ausência de medidas empresariais que direcionem a UC para os negócios da empresa, possibilitando que se obtenham ganhos de recursos e aumento da competitividade da empresa.

Conclui-se que na sociedade do conhecimento, a evolução do modelo educacional estudado (universidade corporativa), ocasionada pelas empresas e pelo mercado de trabalho está orientada para o desenvolvimento de competências críticas, que tem por finalidade contribuir para que tanto as estratégias quanto os resultados da empresa sejam atingidos.


Fonte: www.administradores.com.br

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Faculdade de Educação da Unicamp oferece curso a distância



O Laboratório de Novas Tecnologias Aplicadas na Educação (Lantec) da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas Unicamp abre, de 15 de agosto a 9 de setembro de 2011, pela internet, as inscrições para o curso de extensão: Utilização de objetos de aprendizagem em sala de aula mediatizado pelas tecnologias digitais.

O curso é direcionado a professores da 1ª a 9ª anos do ensino fundamental e tem como justificativa a carência na divulgação de conhecimentos com relação à utilização de recursos digitais, denominada objetos de aprendizagem aplicados na educação. O objetivo é apresentar e discutir o uso desses objetos de aprendizagem, mediatizado pelas tecnologias digitais interativas, a serem adotados em práticas pedagógicas em sala de aula do ensino fundamental.

Com duração de 66 horas, o curso será gratuito e oferecido na modalidade a distância. A carga horária é dividida em 36 horas de atividades didático-pedagógicas, em ambiente educacional na internet, e 30 horas correspondentes ao trabalho pedagógico em sala de aula, que será o desenvolvimento de um projeto didático-pedagógico elaborado pelo professor na utilização dos conceitos adquiridos no programa de capacitação e sua aplicação em sala de aula.

Os participantes vão receber, no final do curso, certificado de participação. Este curso de extensão está inserido em um projeto do Lantec aprovado pelo Programa Observatório da Educação, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Capes. Mais informações sobre o programa, calendário e critérios de seleção estão disponíveis na internet, no endereço: http://lantec.fae.unicamp.br/ed88.

Mais informações:
Sergio Amaral
Coordenador do Lantec/Faculdade de Educação/Unicamp
Contatos: (19) 3521-5678 - e-mail: lantec@unicamp.br

Fonte: Correio Braziliense - DF

Ensino a distância agrega na carreira profissional

Ensino a distância contorna falta de tempo e agrega na carreira profissional
Modalidade de cursos não presenciais permitem que interessados se matriculem em escolas internacionais.

De um lado as empresas querem profissionais qualificados, que possuam no currículo cursos de extensão, especialização e pós-graduação. De outro, os profissionais precisam trabalhar e nem sempre possuem tempo suficiente para se deslocar até as escolas enfrentando, por exemplo, o trânsito intenso das grandes capitais.

Juntando a necessidade de estudar com as dificuldades em frequentar os centros de ensino, uma das respostas que surge é a modalidade de ensino EAD (Ensino a Distância). No entanto, mesmo se apresentando como uma opção para enfrentar os problemas inerentes às sociedades dinâmicas, ainda existem dúvidas e insegurança quando o assunto é novas formas de ensino, em especial, o realizado de forma não presencial.

Segundo a associada e colaboradora da Abed (Associação Brasileira de Ensino a Distância), professora Consuelo Fernandes, a insegurança que a sociedade ainda tem frente aos cursos a distância reflete a nossa própria história, que é uma história de ensino presencial. Muitos ainda têm a ideia de que só é possível aprender se alguém - um professor - estiver controlando e ensinando o aluno diretamente.

É possível perceber, portanto, que o receio está mais ligado à dificuldade da sociedade em aceitar os avanços tecnológicos do que com a real eficácia do modelo. Mesmo assim, os benefícios já estão sendo confirmados, as vantagens são claramente perceptíveis e quem tiver vontade e disposição a sugestão é que se invista, sim, no ensino a distância.

Cursos internacionais
Um dos fatores que contribui para o avanço do ensino a distância e ajuda a sociedade a confiar cada vez mais na modalidade é o fato das escolas tradicionais já ofertarem esse tipo de curso. Universidades federais e privadas, como a FGV (Fundação Getulio Vargas) e a PUC, por exemplo, já aderiram ao EAD.

Consuelo ainda vai mais longe. Além de grandes centros de ensino no Brasil, os interessados podem, sem sair de casa, realizar cursos em universidades renomadas no mundo todo. MIT (Massachusetts Institute of Technology), Harvard, universidades na Espanha, França, Inglaterra, entre outras, também oferecem esse tipo de curso.

Nos cursos internacionais, o interessado deverá passar por um processo seletivo, que usualmente avalia o nível de proficiência na língua que o curso será ministrado, normalmente o inglês, e análise do currículo. Ainda, será preciso realizar, ao longo do curso, cerca de duas viagens para concluir os estudos, isso nos casos de graduação e pós-graduação; os cursos livres já não são tão exigentes. No Brasil, as exigências são parecidas.

A visão das empresas
Caso tenha realizado um curso a distância e esteja se perguntando se deve ou não colocar essa informação no currículo, de acordo com o gerente de relacionamento da FocoTalentos, Gustavo Nascimento, a sugestão é que adicione, sim, essa informação. “É importante que o candidato já inicie sua relação com o empregador da forma mais clara e transparente possível. As empresas não fazem diferenciação entre aqueles que realizaram cursos a distância ou presenciais, pondera Nascimento.

De fato, quando o curso que se pretende fazer é uma graduação, pode ser mais interessante optar pela modalidade presencial, devido a outros motivos que vão além do simples aprendizado. No entanto, com relação aos cursos de extensão, especialização e pós-graduação, que são foco do público mais experiente e maduro, optar pela modalidade a distância é favorável.

Nascimento ainda observa que, no máximo, o candidato será questionado, durante o processo seletivo, sobre as razões que o levaram a optar pelos cursos não presenciais. Frisar seu interesse em desenvolver sua carreira e aumentar seus conhecimentos é sempre recomendado.

Principais cuidados
Quando o profissional entende os benefícios e decide ingressar em um dos diversos cursos a distância é importante prestar atenção em alguns fatores. Em primeiro lugar, em casos de cursos de graduação e pós-graduação (Lato Sensu), é importante verificar junto ao MEC se o curso está autorizado. A pesquisa é simples e pode ser feita no próprio site do ministério.

Nenhum curso a distância, reconhecido pelo MEC, é 100% não presencial. Será preciso que o aluno se desloque, em determinados momentos do curso, até a instituição de ensino, seja para realizar provas ou apenas para se reunir com o professor e com o grupo. O MEC também exige que, para uma escola oferecer um curso a distância, ela deve obrigatoriamente já ofertar esse mesmo curso na modalidade presencial.

Outra recomendação antes de se matricular é optar por escolas renomadas, que possuem certa tradição no mercado. Caso o interessado fique na dúvida quanto à real integridade do curso, a sugestão é entrar em contato com pessoas que já finalizaram o curso em questão. Também é interessante se certificar que existe uma proposta de interatividade, ou seja, se o aluno poderá conversar com o professor, tirar dúvidas e entrar em contato com o grupo.

Para não perder tempo e garantir que o dinheiro será bem investido, esqueça a lógica de que cursos a distância devem ser de baixíssimo custo. Manter professores, estruturar projetos pedagógicos eficientes e úteis, que realmente vão ajudar no desenvolvimento da sua carreira, não é uma tarefa barata. Apesar de não haver todo o aparato físico, como no caso dos cursos presenciais, um ensino a distância eficiente requer muitas ferramentas que não são baratas, a exemplo de softwares e o demais aparatos tecnológicos. Portanto, é preciso ter cuidado com cursos muito baratos.

Educação a distância corporativa
Os profissionais estão observando que as empresas já vêm investindo cada vez mais no sentido de oferecer cursos a distância aos seus colaboradores. Um caso que é possível citar como exemplo é o da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), conforme comenta a gerente de projetos especiais da Dtcom, empresa focada em educação e comunicação corporativa, Luciana Precaro.

Visando aumentar a comunicação entre os colaboradores, reduzir custos com viagens e aumentar o número de programas de treinamento e desenvolvimento alinhado às estratégias empresariais, a Fenabrave adquiriu programas via satélite oferecidos pela Dtcom. “Com os cursos a distância é possível fazer com que todos os colaboradores possam ter contato com as práticas dos melhores profissionais, comenta Luciana.

Luciana ainda ressalta que as avaliações mostraram que os profissionais se mostram motivados quando assunto é treinamento a distância, pois percebem que está sendo feito um investimento para o desenvolvimento de suas carreiras.

Fonte: www.administradores.com.br

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ensino à distância corporativo cresce no Brasil

Ensino à distância corporativo já soma mais de 560 cursos no Brasil

A popularização de dispositivos móveis como tablets e smartphones traz novas possibilidades para o e-learning corporativo. No entanto, as empresas ainda estão no começo ao que se refere à adesão do ensino à distância através dessas plataformas. Esta é a opinião da diretora do núcleo de RH do International Quality e Productivity Center (IQPC), Lilian Molina.

Esse cenário deve mudar, já que os tablets trazem redução de custos. Para as empresas com unidades pulverizadas pelo país e com uma mudança constante de processos e produtos, se tornam necessárias plataformas que diminuam custos e tempo de treinamento, destaca Molina.

O diretor de tecnologia da empresa de soluções de e-learning - Digital SK, Romain Mallard, aponta outros benefícios do ensino à distância (ead) corporativo. Entre eles, maior flexibilidade para seus colaboradores, personalização dos conteúdos e facilidade de medir avanço do aprendizado. Ele destaca a importância desse ensino para as companhias que possuem muitos colaboradores que precisam ser atualizados com frequência como as empresas de telecomunicações, de energia, petrolíferas e os grandes bancos.

A forte utilização de e-learning em bancos é confirmada pela consultora educacional do banco Santander, Gilmara Alvarado. Atualmente a instituição financeira possui 400 títulos para treinamentos online e gastou em média R$3 milhões por ano com aluguel de plataforma e desenvolvimento dos cursos. o ead não substitui treinamento presencial, ele é um otimizador e corresponde por 80% dos cursos no banco.

A MasterCard também tem apostado nesse tipo de ensino. Através de sua própria universidade, a empresa realiza treinamentos online logo após a contratação do novo colaborador, no qual se aprende sobre o negócio, código de conduta, informações sobre modelo de liderança etc. O funcionário pode também elaborar seu próprio curriculum, de acordo com suas necessidades pessoais de aprendizado.

Os treinamentos virtuais abrangem todas as áreas e são divididos por temas de Diversidade, Liderança e Gestão, Professional Skills e Trabalho em Equipe. Uma experiência piloto em ead é voltada para orientação de carreira. Um consultor virtual elabora uma série de questões, as quais o funcionário responde e, ao final, indica quais são as áreas identificadas que podem ter sucesso de acordo com as preferências dos colaboradores.

e-learning corporativo no Brasil

Os inscritos em ead corporativos totalizaram 208.743 funcionários em 2009 no Brasil em 561 cursos. As áreas que mais receberam investimentos foram: finanças, informática, planejamento, gestão, educação e cidadania. O total gasto com e-learning corporativo foi de R$ 110.870.08.

Os dados são da pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). O relatório mostra que a maioria das empresas ainda utiliza o computador como principal mídia para o ensino a distância (91%). Porém, algumas instituições, em número pouco expressivo, já utilizam outros recursos, como DVD (26%), celular (9%) e MSN (4%).

A redução de custos é apontada por 100% dos entrevistados como a principal vantagem do e-learning. Em segundo lugar está a agilidade na realização, com um total de 93%. O estudo assinala que apesar de as empresas defenderem que a principal razão para a escolha desse modelo é a qualidade, as companhias ainda utilizam modelos básicos de EAD.

Mobile learning

O executivo da Digital SK sinaliza que o Brasil não esta atrasado na adoção de e-learning corporativo, porém a infraestrutura ainda é um entrave, principalmente na adoção de novas plataformas. Estamos no início da penetração dos smartphones, em torno de 20% de celulares desse tipo no Brasil. Além disso, falta um padrão nessa área, já que há muitos sistemas operacionais diferentes, o que dificulta desenvolvimento de aplicação.

Apesar das dificuldades, Mallard acredita que a adoção de mobile learning deve crescer por ser mais flexível. No entanto, a utilização será com interações simples. Nesse momento trabalhamos com as chamadas pílulas de conteúdo de curta duração, em torno de 3 a 5 minutos.

O diretor Global de Aquisição de Talento MasterCard América, Moisés da Silva, também destaca essa modalidade. Creio que passaremos a desenvolver treinamentos rápidos, chats, ou reminders, via estes aplicativos, buscando disseminar o conhecimento.

O banco Santander chegou a iniciar projeto de mobile learning em 2008, mas foi descontinuado com a integração do real, segundo a consultora da instituição, Gilmara Alvarado. Devemos retornar esse projeto no ano que vem, disponibilizando treinamento com dispositivos corporativos e depois abrindo para as plataformas particulares dos executivos.

O crescimento do uso de novas tecnologias e a necessidade de mão - de - obra qualificada incentiva mais ainda o mercado de e-learning segundo Mallard. Ele destaca três principais tendências do ead nas empresas. Entre elas, o mobile learning, uma maior parceria entre as companhias e as instituições de ensino e a adoção do e-learning em toda cadeia produtiva.

Resultados trazidos pelo ead

Os resultados trazidos para as empresas com esse tipo de ensino ainda são difíceis de medir de acordo com Gilmara. Não há como saber exatamente o retorno que traz para o banco, mas o ead está suprindo as necessidades dos funcionários.

Hoje temos várias metologias para avaliar o ROI do investimento com treinamento e desenvolvimento, mas essa não é material fácil uma vez que há muitas partes que são intangíveis ao processo, avalia Moisés.

Para Mallard, a utilização do e-learning corporativo há dez anos pelos bancos, mostra a importância dessa ferramenta de ensino. Os treinamentos são essenciais dentro das empresas e o ead é o melhor modo de realizá-los, finaliza o executivo.

Por Luisa Pascoareli
Fonte: Executivos Financeiros - SP

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Google+ atrai 25 milhões

Google+ atrai 25 milhões e alcança recorde

A Google+, nova rede social da empresa criada para concorrer com o Facebook, já atraiu 25 milhões de usuários, o que a torna o site a atingir a maior audiência em menos tempo. Segundo a consultoria comScore, o Google+, lançado no fim de junho, alcançou 25 milhões de usuários únicos até o dia 24 de julho, com 1 milhão de novos visitantes por dia.

Fonte: Folha de São Paulo