segunda-feira, 27 de junho de 2011

Você estudaria a distância?

Veja opiniões de professores, estudantes e recrutadores e descubra seus pontos positivos e negativos da modalidade de ensino que cresce a passos largos no Brasil.

O formato é bem antigo, mas ele voltou a ganhar notoriedade na década de 90, com o avanço da tecnologia e, principalmente, devido ao alcance da internet pela população. Ainda assim, ele está longe de ser unanimidade no país. Quando o assunto é ensino a distância, existem tanto as pessoas que são favoráveis e entusiastas desse modelo, quanto aquelas que são categoricamente contra. O fato é que enquanto alguns observam uma oportunidade de capacitação com fácil acesso, comodidade e preços mais baixos, outros questionam qual é o verdadeiro aproveitamento acadêmico do estudante nessa modalidade.

Em meio a essa falta de consenso, o Brasil vem registrando um frenético aumento na quantidade de alunos e de cursos a distância pela internet. Entre 2002 e 2009, somente a graduação saltou de 46 cursos para 844. Segundo informações do Ministério da Educação (MEC), em 2009, mais de 1 milhão de pessoas estudaram em programas oficiais nesse modelo. Já os números totais, que abrangem e-learning de empresas, cursos abertos livres e cursos oficiais, apontam mais de três milhões de estudantes no país.

Dentro do contexto

Quem está inserido nesse contexto é o estudante de Administração Edvan Pereira dos Santos, que acredita nessa modalidade de ensino. "Os cursos são perfeitos para pessoas que, assim como eu, não têm tempo disponível para frequentar um curso presencial. Hoje sou casado, tenho filhos e trabalho, isso é o maior motivo de ter escolhido essa modalidade. As aulas ficam gravadas e posso revê-las quantas vezes for possível. Não tenho motivos para reclamar", afirma.

Na visão de Edvan, muitos começam e desistem por desinformação ou ideia pré-concebida errada. "Ocorre que quem não tem disciplina para desenvolver as atividades ou esquece de ler as apostilas, depois não consegue acompanhar o curso e acaba falhando. Na verdade, alguns sentem dificuldade quando chegam com uma ideia de que os cursos a distância são fáceis ou que não são reconhecidos e de baixa qualidade", comenta o estudante em Administração da Unip.

Já Nádila dos Santos Pereira, graduada em Administração pela Unigran e secretária executiva de uma entidade privada no Estado de Mato Grosso do Sul, compartilha que esta modalidade é até mais difícil do que a presencial, pois há pouca interação entre os colegas, o que aumenta a busca individual por informações.

Mas o administrador de Empresas e eletricitário Luciano Pereira, tem uma opinião completamente diferente e identifica a falta de regras mais rigorosas na dinâmica de ensino por parte de diversos cursos a distância. "A presença de um professor é extremamente importante para a formação de um profissional. Ter algumas aulas presenciais em dias alternados da semana ou mês não capacita um aluno a entender as nuances de matérias complexas. Os critérios de avaliação também são muito flexíveis, podendo ser feitas várias provas até a aprovação do aluno".

Pensando na carreira

A verdade é que ter uma formação acadêmica nunca foi tão valorizado. De acordo com o levantamento do IBGE em 2010, realizada nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil, a taxa de desemprego entre os que possuem ensino superior ficou em 3,1%, o menor índice em oito anos. Esse fato, sem dúvida, contribuiu para elevar a procura por uma capacitação e aumentar a quantidade de cursos a distância. Porém, a preocupação está na abertura de cursos sem qualquer critério de ensino ou preoucupação com a qualidade.

Para o professor David Forli Inocente - coordenador do MBA Gestão Estratégica da EAD USP e que também faz parte da equipe de avaliadores do Minstério da Educação para Metodologias EAD - falta uma análise e fiscalização mais intensa por parte do órgão. "Creio que o MEC deve ampliar em muito a supervisão das instituições, acompanhar seus indicadores essenciais tais como a relação de alunos por tutor. Há instituições que trabalham com um tutor para cada 200 ou 300 alunos, eu já vi até 500. Fica óbvio que não se pode garantir qualidade com esse volume de alunos", avalia.

David considera ainda que há muita liberdade nos métodos de ensino. "Apesar de ter seu lado positivo, o MEC deveria avaliar a consistência metodológica das propostas pedagógicas das instituições, ou seja, qual a rotina mínima de atividades acadêmicas exigidas. Desse modo, a instituição se obrigaria a pensar nisso. O que vemos é que até há entrega de conteúdo, mas existem poucos instrumentos de medição do aprendizado.

Para Luciano Pereira, não adianta aumentar o número de alunos em cursos superiores simplesmente elevando o número de instituições a distância. "O que se deve primar é a qualidade do ensino, pois não basta aumentar o número de profissionais no mercado de trabalho se esses profissionais são formados em instituições desqualificadas e sem corpo docente capaz", indica.

A opinião também é compartilhada pelo próprio Ministro da Educação, Fernando Haddad. Para o ministro, o crescimento na quantidade de cursos não pode ser feito de qualquer maneira. "Há países em que 50% das matrículas são feitas em cursos a distância. No Brasil, esse número equivale a 14%. Então, nós temos espaço para expandir, mas expandir com critérios de qualidade", revelou Haddad na divulgação do relatório do MEC esse ano.

O ministro afirmou ainda que o estudante deve estar atento às instituições que oferecem essa modalidade. "É necessário checar a qualidade dos cursos e a estrutura das salas usadas para as aulas presenciais, pois as leis brasileiras exigem que pelo menos uma parte do período de aulas seja dada presencialmente", afirma.

E como fica o mercado?

Um dos principais questionamentos sobre essa modalidade de ensino é a falta de reconhecimento das empresas em relação à formação em cursos via EAD. Só que essa desconfiança parece que vem sendo alterada por quem está contratando.

"Antes existia certo preconceito diante deste modelo de ensino, já que grande parte do mercado ainda era bastante conservador, porém com o inegável crescimento desta modalidade, o mercado acabou se rendendo", declara Viviane Prado, gerente de recrutamento da ALLIS S.A, empresa especializada em selecionar profissionais.

Segundo o professor David Forli, realmente não há uma reação contrária ao formato. "Tendo em vista os headhunters com quem mantenho contato, não há um pré-conceito declarado dos contratadores por conta da modalidade, muitas vezes esse pré-conceito se dá em razão da reputação da instituição". Para o professor, se existir algum tipo de desconfiança nesta modalidade, ele é fruto do desconhecimento. "O novo, em geral, causa essa reação ao estabelecido. Lembre-se que a gravadora Decca (que já não existe) disse aos Beatles, não gostamos de seu som e a música de guitarra está acabando. Ao ser apresentada aos computadores portáteis, a IBM disse: quem vai querer ter um computador em casa?", ressalta o professor.

Alerta dos especialistas

Para quem pretende ingressar em cursos via EAD, professores e especialistas alertam que é preciso fazer uma análise anterior da instituição e avaliar as críticas positivas e negativas que surgem dela. Além disso, vale conhecer a grade curricular dos cursos, o corpo docente, as parcerias que a organização firma, e, principalmente, se a instituição é reconhecida pelo MEC.

Hoje, inclusive, diversas universidades públicas e renomadas instituições particulares já abriram ou tem previsão em algum curso via EAD, o que aumenta a credibilidade do formato de ensino. Para Jucimara Roesler, diretora-geral e professora da UnisulVirtual - uma das instituições pioneiras no mercado de ensino a distância e que já formou mais de 7,5 mil alunos - apesar da escolha da instituição ser importantíssima, o interesse do aluno em realmente querer aprender é o grande diferencial.

"As exigências de autonomia, disciplina, organização a esse aluno são bem maiores. O aluno é livre para escolher seu método, ambiente de estudo e seus horários. Porém, o sucesso de seu aprendizado exige que ele leia, em média, 1.200 páginas por semestre. Assim, ele precisa ser um exímio gerente do seu tempo. Todas essas características integram o perfil mais almejado pelo mercado e esse aluno já começa a ser reconhecido pelas empresas", ressalta a professora.

Enquete Você faria um curso a distância (EAD)?

27.53% - Sim. Faria uma graduação.

19.45% - Sim. Um curso de curta duração.

19.34% - Sim. Um MBA ou uma Pós-Graduação.

19.25% - Não. Acho que o mercado não valoriza diplomas com Ensino a Distância

8.65% - Não. Acho que não tem interação.

5.78% - Não. Falta informação sobre a qualidade dos cursos.


Você sabia?
O aluno de EAD pode economizar 68%, em relação ao mesmo curso oferecido na modalidade presencial.

O curso de Administração é o segundo mais disputado na modalidade EAD, atrás apenas de Pedagogia.

EAD no Brasil - 1939

O Instituto Rádio Técnico Monitor foi a primeira instituição via EAD no país.

- A partir de 1970

Telecursos, com aulas via satélite, eram oferecidos por organizações não governamentais e fundações privadas.

- 1992

Surge a Universidade Aberta de Brasília, voltada para o ensino superior, a educação continuada e reciclagem profissional.

- A partir de 1996

O EAD é estabelecido pela Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional. O formato ganha força com a internet.

- 2011

Maior quantidade de alunos na história estudam através dessa modalidade. Mais de três milhões de estudantes, sendo um milhão em cursos oficiais credenciados pelo MEC.

Fonte: www.administradores.com.br

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A tecnologia e sua aplicabilidade em sala de aula

Ao passar dos anos, os professores, dos vários níveis de ensino, têm notado o avanço do conhecimento dos alunos quanto ao uso de aparelhos tecnológicos de comunicação (celular, computadores, ipod, ipad, entre outros). No entanto, como os professores podem utilizar essas ferramentas em sala e fora dela?

Além dos equipamentos que estão surgindo cada vez mais modernos e interativos, surgem também os sistemas comunicativos cada vez mais voltados a atingir esse público de "nativos digitais", classificação para uma geração que nasce com a tecnologia, entre eles os que mais se destacam são as redes sociais (Twitter, Facebook, Blogs, Orkut)

Segundo pesquisas recentes, essas redes sociais apresentam os seguintes percentuais de participação entre este público:

Twitter 59%;Facebook 25%;Blogs 9%;

Se partirmos do pressuposto que essa geração passa boa parte do tempo conectada em uma dessas redes sociais, por que não utilizarmos destas para promovermos a interação, aplicar conteúdos extras, disponibilizar material, criar uma comunidade, um grupo de discussão, ou seja, vários são os recursos tecnológicos a disposição dos profissionais e com uma facilidade expressiva de utilização e totalmente grátis um exemplo é o site de blogs do Google o Blogger.

Além dessas redes sociais, existem também as plataformas de ensino, as quais podem gerar um recurso extraordinário como um curso completo on-line com slides, filmes, exercícios, fórum, avaliações, tudo em uma única ferramenta.

O que o professor e as instituições de ensino não podem deixar de considerar é que esse movimento não tem volta, a sua tendência é de crescimento e cabe tanto ao professor quanto à instituição de adaptar a esta nova realidade.

Se a instituição e o professor estão preocupados com o aluno de agora, com todo esse bombardeio de informações, como será em apenas a cinco anos e assim sucessivamente? Precisamos ultrapassar o paradigma estabelecido. Os recursos existem e se encontram a nossa disposição.

Prof. João Marcos Codato Coord. de Polo EAD UNIPAR
Prof. Heiji Tanaka Coord. de Tutoria EAD UNIPAR

Fonte: www.administradores.com.br

Twitter estreia versão em português para brasileiros

O Twitter anunciou nesta terça-feira (7/6) que está disponível em português. "Após adiciornamos o idioma na nossa central de tradução, o site foi completamente traduzido em apenas três dias tornando este projeto de tradução o mais rápido do Twitter", explicou Isabela Bagueros, suporte do microblog no Brasil, em um post do blog da empresa.

"Os brasileiros abraçaram o Twitter como uma forma para manter-se atualizados sobre o que está acontecendo, tanto localmente quanto globalmente. Quando as enchentes atigiram o norte do Rio de Janeiro, no começo deste ano, os brasileiros usaram o Twitter para organizar esforços de socorro, compartilhar detalhes sobre como doar dinheiro e suprimentos e organizar ajuda médica voluntária nos bairros atingidos", ressaltou.

Para mudar o idioma para o português do Brasil, visite a página de configuração e altere o idioma. Além do twitter.com, mobile.twitter.com e o aplicativo Twitter para Android também foram traduzidos. "Nós estamos trabalhando para disponibilizar em breve outros aplicativos para dispositivos móveis em Português. Os comandos de SMS em Português e respostas são suportados pelas operadoras Nextel e TIM", explicou.

Fonte: Correio Braziliense - DF

Uso de tablets em educação

Ministros vão discutir uso de tablets na educação, diz Paulo Bernardo
Ministros da Comunicação, Educação e Tecnologia vão se reunir.
MEC já tem projetos para uso da tecnologia nas escolas públicas.

Tiago FalqueiroDo G1, em Brasília.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, revelou na manhã desta terça-feira (7), que encontrará os ministros da Educação, Fernando Haddad, da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para discutir o uso dos tablets para a educação.

"Na viagem ao Uruguai com a presidente Dilma, coloquei a experiência da Coreia do Sul, que em 2014 já não vão mais oferecer livro didático impresso. Ela me pediu para procurar o Haddad sobre o assunto, e o ministro revelou que já tem iniciativas sendo discutidas por lá. Então, até a próxima semana, devemos nos encontrar", afirmou Paulo Bernardo.

Governo edita medida provisória que dá incentivos tributários para tablets
Especialista americano defende uso de celulares e tablets em sala de aula
Segundo Paulo Bernardo, mesmo antes de a presidente Dilma Rousseff assumir o cargo, já havia procurado ele para tratar dos tablets. "Nós não incluímos o tablet nas leis de isenção que beneficiam o computador com isenções porque ainda não existiam. Agora, já estamos incluindo ele. Mas precisamos de um plano abrangente para aproveitar essa tecnologia, não só na educação, mas em outras áreas também", afirmou.

Mas o ministro descartou que a proposta brasileira deva seguir a coreana, culminando com o fim das versões impressas. "Lá eles editam em pequenas quantidades só para as bibliotecas. Aqui, a condição é diferente, ainda há gente que prefere o livro. Mas com certeza haverá estudantes que terão seu primeiro contato com o livro didático em meio digital", disse.

Fonte: G1 - Portal Globo