quinta-feira, 29 de março de 2012

Diretor da Capes reforça importância da educação a distância

Diretor da Capes reforça importância da educação a distância em aula na Unirio

O diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), João Carlos Teatini, participou no dia 20 de março, da aula magna do primeiro semestre da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). A aula teve como tema a contribuição dos cursos a distância para a expansão do ensino superior, na qual Teatini apresentou o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e refletiu sobre o uso da tecnologia na educação.

Em sua exposição, Teatini ressaltou a importância das novas tecnologias e do acesso facilitado ao conhecimento nas políticas voltadas para a educação, frisando a necessidade de investimentos em tecnologia, atrelado à capacitação de professores e à promoção de infraestrutura nas escolas. "A tecnologia deve ser um instrumento, não um fim. É preciso ter uma boa estrutura, com oferta de banda larga nas escolas, e docentes capacitados", afirma o diretor.
Teatini fala sobre a contribuição dos cursos a distância para a expansão do ensino superior.

Entre as iniciativas mais recentes para qualificar o Sistema UAB, Teatini destacou a aprovação de resolução que autoriza cursos de segunda licenciatura a distância e a preparação de editais de apoio à pesquisa em EaD, para fomento a objetos de aprendizagem virtuais e de incentivo ao compartilhamento de tecnologias das modalidades presencial e compartilhada.

Segundo Teatini, a meta, para 2014, é chegar a 600 mil alunos e a mil polos, o que significa um polo para cada cinco municípios brasileiros índice alcançado somente pela região Norte, além do incentivo ao ingresso de estudantes em cursos de licenciatura. "Não há como aumentar as matrículas nas licenciaturas senão tivermos uma carreira docente atrativa, com respeito ao piso salarial. Essa é uma bandeira do ministro Aloizio Mercadante [da Educação]", disse Teatini.

Teatini destacou ainda que, além de propiciar o acesso de jovens de cidades mais distantes das capitais à universidade, sem que tenham que sair de seus locais de origem, os cursos a distância promovem um crescimento social nos municípios que contam com polos de apoio. Para o Reitor da Unirio, Luiz Pedro Jutuca, esse é um fator que aumenta a importância da EaD. "Trata-se de uma ação exitosa, que promove o desenvolvimento sustentável nos municípios e favorece a ascensão social", destacou.

(Com informações da Unirio)

Fonte: CAPES

terça-feira, 6 de março de 2012

Redes sociais e aprendizado escolar

Uma pergunta que muitos se fazem é como usar as novas mídias sociais de modo a contribuir para o aprendizado. Redes sociais são associações de pessoas, grupos de interação e convívio característicos de cada ambiente e realidade social. Com a massificação da internet e, em especial, com a explosão do fenômeno Facebook, as redes sociais incorporaram seus elementos sociais e culturais, aliando-se ao contexto de pós-modernidade vivido nos dias atuais. Como bem define Zygmunt Bauman, sociólogo contemporâneo, é o mundo líquido.

Diferentemente da sociedade moderna anterior, que chamo de modernidade sólida, que também tratava sempre de desmontar a realidade herdada, a de agora não o faz com uma perspectiva de longa duração, com a intenção de torná-la melhor e novamente sólida. Tudo está agora sendo permanentemente desmontado, mas sem perspectiva de alguma permanência. Tudo é temporário. É por isso que sugeri a metáfora da liquidez para caracterizar o estado da sociedade moderna: como os líquidos, ela se caracteriza pela incapacidade de manter a forma. Nossas instituições, quadros de referência, estilos de vida, crenças e convicções mudam antes que tenham tempo de se solidificar em costumes, hábitos e verdades autoevidentes. Eles (os jovens) não podem mais contar, como a antiga geração, com a natureza permanente do mundo lá fora, com a durabilidade das instituições que tinham antes toda a probabilidade de sobreviver aos indivíduos, afirmou Bauman em uma entrevista.

Contidas nessa liquidez, as redes sociais espelham o modo como muitos jovens se relacionam atualmente: a banda ou o cantor preferido, o grupo de dança, o time de futebol, os amigos da sala de aula, a turma que vai a festas junta etc. O advento da internet e a massificação das mídias sociais lançam um desafio aos educadores: educar com matrizes sólidas, milenares e científicas alunos imersos em outro mundo. Nós, os educadores, protagonistas da educação, procuramos desenvolver uma estratégia de convertê-las ao projeto pedagógico que preconiza nossa ação docente.

Será que as redes sociais mais ajudam ou atrapalham o aprendizado? Há autores que apontam um dilema vivido nas escolas atualmente, pois somos a única geração na qual os alunos são proficientes em tecnologia e os professores, não. Assim, surge um conflito no sistema educacional: ele é concebido e implementado pelos chamados imigrantes digitais para ensinar nativos digitais, como define o renomado professor estadunidense Marc Prensky.

O desafio para os educadores é promover um amálgama de saberes tradicionais (legado) com novos saberes (futuro) por meio das novas tecnologias, que devem se inserir em um projeto pedagógico, no sentido de a avalanche de informações colaborar para a construção do conhecimento. Isso com os mesmos passos que se estabelecem nas chamadas mídias tradicionais (papel, lápis, giz, lousa etc.).

Sou um entusiasta do uso da tecnologia em sala de aula e percebo o envolvimento e a animação dos alunos. Creio que o uso do Twitter, Facebook, Tumblr e outras redes sociais proporcionam a oportunidade de desafiar os jovens, criando uma nova matriz líquida do aprendizado, mais condizente com suas necessidades e demandas. Mas o ponto-chave, a meu ver, é o de atingi-los nos sentidos, isto é, promover uma cultura de tolerância, solidariedade, respeito mútuo, cidadania, autonomia e protagonismo social.

Assim, podemos unir os conteúdos ministrados no cotidiano escolar com assuntos e temas da contemporaneidade ao compartilhar vídeos, enigmas, curiosidades e as últimas notícias em tempo real e elucidar fenômenos, por exemplo. O objetivo dessa abordagem é colaborar para que os alunos se tornem cidadãos críticos, capazes de julgar, pensar, filtrar informações e construir argumentos fundados na capacidade de decifrar tudo o que os cerca, compreendendo os diversos eventos que impactam nosso mundo atual.

Sem dúvida, as redes sociais ajudam no cotidiano escolar. Com o advento da internet e das redes sociais, nossas aulas deixam de estar restritas ao horário e tempo físico e acabam se tornando espaços atemporais e virtuais de aprendizado, nos quais há uma construção permanente do conhecimento. Há anos, às vésperas de alguma prova, alguns alunos, invariavelmente os desavisados, distraídos ou relapsos, perguntavam: Magrão, o que vai cair na prova? Hoje, esse perfil de aluno continua a frequentar nossas escolas, mas a pergunta mudou para: Magrão, qual é o horário de sua twitcam? Estou cheio de dúvidas e quero estudar contigo, facilita muito! Passou o tempo, mas as pessoas e as redes sociais só mudaram de estado. Vivemos na fluidez, em períodos desafiadores, num tempo de incertezas e novos desafios.

Por: Claudio Paris, licenciado em ciências, biologia e pós-graduado em educação pela Universidade de São Paulo (USP).

Fonte: Portal Revista Fator

Como usar seu tablet para trabalhar?

Tablets podem ser viciantes, principalmente nos momentos de lazer. Quem é dono de um desses equipamentos - seja um iPad ou algum modelo com o sistema Android - sabe bem disso. Navegar na internet, ver fotos, ler revistas, disputar joguinhos, ouvir música, assistir a filmes... A lista é interminável e inclui itens que podem salvar sua sanidade mental, como distrair o filho que não para de chorar com um episódio da "Galinha Pintadinha". Acredite, os videozinhos são hipnotizantes...

Mas e na hora de trabalhar, dá para o usar o tablet? Dá - e bem. É verdade que a maioria das companhias ainda reluta em comprar esses equipamentos para seus funcionários. Com exceção das áreas de vendas, onde os tablets ganham adesão cada vez maior, os notebooks ainda reinam no escritório.

Mas dois fenômenos estão levando o tablet para o ambiente de trabalho. O primeiro atende por uma palavra esquisita - consumerização. Pode esquecer o palavrão, mas guarde o conceito. Trata-se do hábito crescente das pessoas de usar seus equipamentos pessoais, como tablets e smartphones, na hora de trabalhar. Assim como muita gente hoje trabalha em casa, as barreiras entre o que é de uso pessoal e o que é da "firma" também estão caindo.

O segundo ponto é a computação em nuvem. Os dados, que antes ficavam armazenados no seu PC ou notebook, estão migrando para centros de dados remotos, de onde são acessados via internet. Isso é ótimo para guardar as fotos da família ou sua coleção de música digital - dá para ver o que quiser de qualquer computador ou smartphone -, mas por que não aplicar o modelo na hora do batente? Por exemplo, dá para redigir um relatório e deixá-lo na "nuvem", com acesso restrito à sua equipe de trabalho. Todo mundo pode ver, dar sugestões e fazer alterações, sem ter de trocar e-mail, guardar cópia em pen drive etc.

As companhias de aplicativos - os softwares usados nos tablets - perceberam isso e estão investindo em programas para fins profissionais. Até os softwares do popular pacote Office, da Microsoft - Word, Excel, PowerPoint e Internet Explorer - já chegaram ao iPad, da rival Apple. Não, a Microsoft não criou uma versão para iPad. Isso significaria abrir mão de 30% do valor de venda, que é o "pedágio" cobrado pela inventora do iPhone para vender os programas em sua loja virtual.

O que aconteceu foi o lançamento, nos Estados Unidos, de um serviço chamado OnLive Desktop Plus, que usa a computação em nuvem para levar ao tablet o sistema Windows 7, junto com o Office. O pacote, oferecido pela empresa OnLive, custa US$ 5 por mês e inclui um serviço de conexão ultrarrápida à internet. E há uma versão gratuita, com menos recursos.

Antes que você fique muito animado, é bom informar que o serviço, não está disponível no Brasil.

Fonte: Valor Econômico