quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Redes sociais e seleção de pessoal

Como os recrutadores usam as redes sociais para selecionar candidatos
Saiba quais são as redes sociais mais analisadas e como os gerentes de contratação analisam o seu perfil nelas para aprovar ou dispensar o seu currículo.

Ao longo dos últimos anos, é possível ver como as redes sociais estão sendo utilizadas no mercado de trabalho de uma série de maneiras – contatos iniciais, pequenos negócios e até mesmo grandes corporações estão mergulhando cada vez mais fundo nessas plataformas para encontrar melhores talentos e candidatos a empregos.

Recentemente, mais de 300 profissionais de contratação foram entrevistados para determinar o quanto e como recrutadores estão fazendo a triagem de seus candidatos a emprego em diferentes redes sociais.

O que o estudo constatou foi que mais de 90% dos recrutadores e gerentes de contratação visitam o perfil dos candidatos como parte do processo de seleção.

Durante o processo de contratação, as redes mais acessadas pelos recrutadores são o Facebook, com quase 80%, o Twitter (53%) e o LinkedIn, com 48% das pesquisas. As buscas pelos perfis nas redes sociais são feitas especialmente depois de receber um currículo.

Além disso, cerca de 69% rejeita um candidato dependendo do conteúdo do seu perfil. Os principais motivos que levam um recrutador a fazer isso são mentiras sobre as qualificações profissionais (13%), seguidas de falta de habilidade em se comunicar, posts com conteúdo negativo sobre os empregadores antigos, comentários inapropriados e fotos inapropriadas, todos empatados com 11%.

Em compensação, 68% dos recrutadores que participaram do estudo afirmam contratarem candidatos com base no conteúdo visto nas redes sociais. O principal motivo para isso é a impressão positiva a respeito da personalidade e da boa organização.

Fonte: Portal Universia

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Aula online

Aula online é opção de estudo para quem não frequenta cursinhos

Criada em 2009, a rede social já conta com 22 mil usuários que criam perfis somente para estudar para o Enem.

Falta de tempo, de renda ou até mesmo de opção. Esses são alguns dos motivos que levam parte dos candidatos a estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir do conforto de suas casas. A diferença é que não são apenas as páginas de livros que eles folheiam, mas também páginas virtuais de sites que oferecem aulas preparatórias.

Aline Alves Ferreira, 22 anos, passa o dia ocupada com o trabalho na distribuidora de água da família. Apesar da falta de tempo, não desistiu de tentar uma vaga na faculdade de Fonoaudiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que pretende conquistar neste ano por meio do Enem. Para estudar para a prova no pouco tempo livre que dispõe, a jovem natural de Caraguatatuba (SP) encontrou na rede social Eu no Enem o maior aliado.

"Gosto bastante, pois posso ler inúmeras vezes a mesma coisa até me sentir confiante, sem me preocupar com o tempo ou com o fato de ter outro aluno querendo atenção. É quase uma aula particular. E ainda faço amizade com quem já passou no vestibular. Gosto das dicas que eles dão sobre como lidar com tempo, leituras, etc.", conta a estudante.

Criada em 2009, a rede social utilizada por Aline já conta com 22 mil usuários. Videoaulas e diversos aplicativos mantêm os participantes integrados nos debates que surgem sobre determinados assuntos. Até mesmo no espaço limitado a 140 caracteres do status pessoal a pergunta que mais aparece é "o que você está estudando?".

Além disso, professores também podem criar perfis na rede para tirar dúvidas dos estudantes. Foi o que fez Carlos Eduardo Deodoro Rodrigues. Professor de física da rede estadual do Rio de Janeiro, ele passa as tardes na frente do computador. Segundo ele, são mais de 1,8 mil usuários inscritos no grupo de estudos de Física. "Como moderador do grupo, costumo publicar questões de vestibular como tópico de discussão. O interessante neste processo é que os alunos costumam tirar dúvidas uns com os outros, tornando o processo de resolução de uma simples questão em uma troca de conhecimento", afirma.

Para Aline, estudar pela internet é melhor do que com o auxílio dos livros. "Às vezes, eu estou assistindo a uma videoaula, por exemplo, e não entendo uma expressão ou conteúdo. Na mesma hora já abro outra janela e busco esclarecimentos sobre o assunto. Acho ótimo, pois nunca me perco na matéria por causa de alguma coisa que não saiba o que é", diz.

Mas apesar de apostar nas redes como ferramenta de estudo, Rodrigues aponta que o estudo somente isso não é o bastante. "Acho que é um grande e poderoso reforço nos estudos, mas lógico que não é uma ferramenta autossuficiente na preparação para o Enem", diz o também editor de conteúdo de Física do site Escol@24horas, que disponibiliza material para pais e alunos desde o ensino infantil até o vestibular.

A pedagoga da organização Projetos Pedagógicos Dinâmicos, Cíntia Borher, também chama a atenção para outro aspecto: as fontes de estudos precisam ser confiáveis. "A maior desvantagem nesse sistema é acreditar que aprendeu e na verdade ter absorvido o conhecimento de forma errada ou parcial", destaca.

Cíntia, contudo, acredita que o aprendizado via internet é extremamente eficaz. "O fato de o próprio aluno buscar o conhecimento já demonstra motivação e desejo de aprender. Isso facilita o processo de absorção do conteúdo", diz. Mas não basta sentar na frente do computador e passar os olhos pelas tarefas: é preciso dedicação. "Tire ao menos uma hora por dia para estudar. Em segundo lugar, pesquise bastante e escolha o site que mais o agrada e transmita segurança. Se possível, convide um ou dois amigos para estudar junto, no mesmo esquema, isso pode ser bastante motivador", conclui a pedagoga.

Fonte: Terra - Educação