quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Negócio do ensino a distância atrai líderes

Negócio do ensino a distância atrai líderes
O ensino a distancia (EAD), que já responde por 30% dos alunos matriculados no ensino superior privado brasileiro, deverá dobrar em cinco anos, atingindo 2 milhões de alunos. De olho nessa projeção do Ministério da Educação, players do mercado já se empenham em iniciativas para atrair alunos.

Enquanto escolas tradicionais ocupam nichos rentáveis nesse segmento, como a Fundação Getulio Vargas (FGV), a Kroton Educacional buscou, com a compra da paranaense Unopar por R$ 1,3 bilhão, colocar os dois pés no ensino a distância. "A decisão da Kroton na aquisição foi sábia e ousada. Foi pago um valor alto para ser a maior fornecedora de EAD do Brasil", Suely Ventura Paes, da consultoria Educar.

A FGV optou por ramos de operações para ampliar essa modalidade de ensino. Ela foca em cursos corporativos e especializações como MBA. "A educação a distância é uma das áreas da Fundação que apresentam um forte crescimento, que esperamos que continue em 2012 com mais intensidade", disse Marcos Facó, superintendente de Comunicação e Marketing da FGV.

Já o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o governo tem estado atento ao controle desse crescimento para que não sejam repetidos os mesmos erros que ocorreram na graduação particular presencial. "Na década de 90 nós tivemos um crescimento da educação presencial que não estava bem administrado, e nós não queremos que o mesmo aconteça com a EAD. O que queremos é um crescimento sustentável", disse. As Regiões Norte e Nordeste são as que registraram o maior aumento do número de estudantes no ensino superior entre 2001 e 2010, apesar de a Sudeste ainda liderar com fatia de 48,6% das matrículas. A Região Sul fica com 16,8%, a Centro-Oeste concentra 9% e a Norte e Nordeste, 6,4% e 19,2%, respectivamente.

Em 2010 o EAD movimentou R$ 2,2 bilhões e, de acordo com a Associação Brasileira de Ensino a Distância (ABED) a expectativa é fechar 2011 com crescimento de 8% e manter o mesmo ritmo em 2012. "Esse crescimento representa uma injeção anual de R$ 176 milhões na receita do setor", diz Renato Bulcão, diretor da Abed.

Fonte: DCI - SP